Advogado da Gaviões: “O que está acontecendo lá é uma aberração jurídica”

Danilo Vieira Andrade

Google News Siga-nos no Google Notícias























Em julgamento realizado nesta terça-feira, a justiça boliviana negou o recurso que concederia a liberdade provisória aos 12 torcedores do Corinthians presos em Oruro. Acusados de envolvimento na morte do jovem Kevin Espada, atingido por um sinalizador no dia 20 de fevereiro, durante a partida contra o San José, os corintianos estão em prisão preventiva, que pode durar 6 meses de acordo com as leis da Bolívia.

Em entrevista exclusiva ao Yahoo! Esporte Interativo o advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral, declara que a prisão preventiva é absurda. “Nós buscamos apontar as nulidades na maneira como foi feita a prisão em flagrante. Se a juiza reconhecesse a nulidade, ela relaxaria a prisão em flagrante e, consequentemente, eles iriam responder o processo em liberdade”. Cabral alega que a nulidade se deve ao fato dos torcedores terem sido presos uma hora após o disparo do sinalizador.

Para o advogado, também não há nenhuma prova de que os torcedores estejam, de fato, envolvidos no incidente. “Não há nenhum indício de autoria. Eles acreditam que os autores estão no Brasil e, não conformados com a situação, estão mantendo a prisão por mais tempo do que o necessário para dar o exemplo”, declara. “O que está acontecendo lá é uma aberração jurídica. Nenhum sistema penal do mundo conduz e mantém a prisão de 12 pessoas desta forma”.

Outro ponto defendido por Cabral é de que a confissão do menor brasileiro H.A.M., de 17 anos, ajudará na liberação dos torcedores. “A partir do momento que chegar a confissão, acredito que eles devam ser liberados, levando em conta que nenhum tem participação no caso”, afirmou. “Nós vamos tentar abreviar o envio dessa documentação. Acredito que, no máximo em uma semana, ela estará lá”.

Fonte: Yahoo