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Corinthians prepara defesa e tenta receber torcida já no segundo jogo

Danilo Vieira Andrade

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Pacaembu isolado para jogo do Corinthians 
contra o Millonarios
Crédito: Carlos Augusto Ferrari

O Corinthians ainda não está conformado com a punição da Conmebol, que determinou portões fechados em seus jogos como mandante até o fim da Libertadores. Nesta quinta-feira, o clube deve enviar sua defesa à entidade, e vai pedir que o julgamento, que tem prazo de 60 dias para ser realizado, seja o mais rápido possível. A intenção é ter o estádio aberto já no segundo jogo dessa fase, no dia 13 de março, contra o Tijuana, que lidera o grupo com duas vitórias.

O clube vê injustiça na decisão da Conmebol e vai tomar por base o regulamento da competição. Na visão de seu departamento jurídico, o Corinthians está pagando pela morte do garoto Kevin Espada, e não pelo fato de um torcedor da equipe ter disparado um sinalizador. Durante o empate contra o San José, em Oruro, um artefato naval foi acionado na arquibancada onde estavam os corintianos e atingiu o adolescente de 14 anos.

A defesa dirá que o clube aceita responder pelo mau comportamento de seu torcedor, mas não pela consequência do disparo, que foi a morte de Kevin.

– O Corinthians não quer de jeito algum minimizar esse fato lamentável do menino ter morrido, mas não pode ser punido por essa morte, e sim pelo fato de o torcedor lançar o sinalizador. É o que diz o regulamento. O Corinthians quer que todos os clubes respondam e tenham a mesma punição. O clube não se sente e não é responsável pela morte do menino. Quem matou foi quem lançou o sinalizador, e quem deixou isso entrar no estádio. Esses são os responsáveis – afirmou o advogado Luiz Felipe Santoro.

Ele vai continuar tentando revogar a medida cautelar, que determinou as partidas sem a presença de público, mas reconhece ser muito difícil que isso aconteça antes do julgamento, principalmente depois que o recurso foi negado. Por isso, a tentativa de antecipar o processo o mais rapidamente possível. Cerca de 25 mil ingressos haviam sido vendidos para o jogo diante do Tijuana. A comercialização foi suspensa após a decisão da Conmebol.

Santoro afirmou ainda que qualquer punição é cabível pelo mau comportamento do torcedor, já que o regulamento não especifica que sanções serão aplicadas a cada infração, mas na visão do Corinthians, impedir a entrada dos torcedores por um jogo que seja já seria desproporcional ao uso de um sinalizador dentro do estádio.

– Vou pedir que quem receba a nossa defesa reconsidere a decisão. Vamos responder, objetivamente, pelo comportamento do torcedor, mas entendemos que, pelo fato dele ter lançado o sinalizador, aplicar-se uma pena de portões fechados seja desproporcional.

Fonte: Globo Esporte