O interior se empolga, novos protagonistas surgem e as rivalidades se reacendem. Tipicamente brasileiros, os campeonatos estaduais movimentam milhões de torcedores de Norte a Sul. Atual campeão do mundo, o Corinthians também é o maior vencedor do Estado de São Paulo, com 26 conquistas, e faz a sua estreia na edição de 2013 neste domingo (20), contra o Paulista, em Jundiaí, às 17h. Reviva a história do Clube no Paulistão neste especial preparado em parceria com a Placar.
Tudo começa em 1913, quando o Corinthians, então conhecido nos campos da várzea, disputa duas partidas para conseguir uma vaga no Campeonato Paulista do mesmo ano. No primeiro desafio, vitória sobre o Minas Gerais por 1 a 0. Já no segundo, uma goleada por 4 a 0 no São Paulo (Bexiga). Logo na segunda participação, em 1914, o Timão conquistou o primeiro título de sua história, após vencer todas as 10 partidas. O ídolo Neco foi o artilheiro com 12 gols.
Depois de novo título em 1916, finalmente, em 1917, o Timão disputou o Paulistão ao lado dos grandes Paulistano, Palestra Itália e A.A. Palmeiras. Sem muita sorte nos cinco primeiros anos, o Alvinegro viria a ser campeão pela primeira vez contra os clubes da elite em 1922, no ano do I Centenário da Independência do Brasil. Era o estopim da sina do tricampeonato, já que o Corinthians venceria em 1922, 1923 e 1924; 1928, 1929 e 1930; e 1937, 1938 e 1939.
O Clube venceria novamente em 1941, 1951 e 1952, contudo, o título de 1954 é que marcaria. Além de ser a última até 1977, a taça do IV Centenário da fundação de São Paulo coroava o histórico esquadrão do Pequeno Polegar Luizinho. Após 22 anos de sofrimento, a Fiel voltaria a gritar ‘É campeão’ na temporada que ninguém esquece. Aos 36 minutos do segundo tempo, Basílio marcava o gol do heroico sobre a Ponte Preta. Para muitos, até hoje o Paulista de 1977 é a mais importante conquista e episódio da história do Corinthians.
Passado o alívio, novos tempos chegaram ao Parque São Jorge, sobretudo pelas atuações brilhantes de Doutor Sócrates e seus companheiros de Democracia Corinthiana. Campeão já em 1979, o Magrão conduziu o Timão a mais duas taças em 1982 e 1983, em duas finais contra o São Paulo. Encerrando a década de 80, o menino Viola foi o grande personagem da final contra o Guarani, em Campinas, no estádio Brinco de Ouro, em 1988, ao marcar o gol do título na prorrogação.
Na década de 90, o primeiro caneco veio em 1995. Engasgado com as decisões perdidas para o rival Palmeiras em 1993 e 1994, o Timão venceu num show de Marcelinho. Depois de dois empates em 1 a 1 no tempo normal, coube a Elivélton, na prorrogação, decretar a vitória alvinegra. Novas taças chegaram ao Parque São Jorge em 1997, depois de um quadrangular decisivo contra Palmeiras, São Paulo e Santos, e em 1999, em cima do Palmeiras.
No século XXI, o Timão foi o melhor do Estado de São Paulo nos anos de 2001, 2003 e 2009. No primeiro, Ricardinho, no apagar das luzes, enlouqueceu a Fiel com o gol salvador sobre o Santos na semifinal. Na decisão, o Botafogo não conseguiria parar o Alvinegro. Em 2003, após eliminar o Palmeiras, o time comandado pelo artilheiro Liédson bateu o São Paulo duas vezes por 3 a 2 para ficar com a taça. Já em 2009, ídolos como Ronaldo, Alessandro e Chicão fizeram uma campanha perfeita e, de forma invicta, levaram o Corinthians ao seu 26º Paulistão.