Em junho, chegou ao fim o primeiro semestre de Augusto Melo como presidente do Corinthians. Nas finanças, o clube encerrou o período com saldo negativo e viu a dívida bruta crescer para R$ 2,15 bilhões.

O clube fechou o balancete de junho nos últimos dias, mas não tornou público até o momento pois ainda não passou pelo Conselho Deliberativo. O ge.globo teve acesso ao documento e divulgou que o Corinthians fechou o primeiro semestre com prejuízo de R$ 30,3 milhões. O resultado fica pior se observado que no orçamento do ano estava previsto encerrar o período com superávit de R$ 15,3 milhões. Por essa ótica, o resultado foi de R$ 45,6 milhões negativos.

Com isso, a dívida bruta saltou de R$ 1,96 bilhão ao fim de 2023 para R$ 2,15 bilhões, divididos em:

R$ 1,44 bilhão do passivo do clube
R$ 710,1 milhões do financiamento da Neo Química Arena
O principal responsável pelo saldo negativo no período foi o aumento das despesas financeiras. Além de salários, estão incluídos pagamento de juros e pagamento de multas rescisórias - como as de Mano Menezes, António Oliveira e a ex-patrocinadora Pixbet. O Corinthians esperava gastar R$ 43,6 milhões com isso no semestre, mas desembolsou R$ 96,3 milhões, valor 120% maior.

Junto disso, também houve faturamento menor do esperado com patrocinadores. Até o momento o Timão arrecadou R$ 103,3 milhões, montante bem inferior aos R$ 125,5 milhões previstos.

Em contrapartida, o Corinthians fechou o semestre com saldo positivo no lucro operacional. A equipe arrecadou R$ 6,9 milhões a mais do que os R$ 65,9 milhões previstos no orçamento. Para isso, foi de suma importância a venda de Gabriel Moscardo para o futebol francês que garantiu R$ 118 milhões nos cofres alvinegros.

Importante destacar que o boletim de junho ainda não inclui nenhuma das cinco contratações feitas pelo Corinthians nesta janela de transferências. Também não está inserido o patrocínio da Esportes da Sorte, fechado em julho.