Essa euforia, entretanto, pode criar algumas ilusões. Com ou sem crise econômica, com ou sem recessão na Europa (e por aqui as coisas não vão tão bem como apregoavam as autoridades até “ontem”), é ainda muito grande a diferença que separa os clubes europeus de ponta dos brasileiros de ponta, referindo-me, é claro, a parâmetros econômicos e financeiros, como mostra a tabela abaixo, modificada a partir da tabela publicada no post “Os maiores patrocínios e o mercado europeu de equipamentos esportivos”:
Se estamos longe dos ponteiros, já encostamos nos “lanternas” do grupo Top 10. Na verdade, o Flamengo ultrapassou o lanterna, a Juventus, enquanto Corinthians e São Paulo estão nos calcanhares de Milan e Manchester City. Já do City para a Inter o pulo é bem grande e tão cedo não chegaremos lá. O alvo a ser perseguido, entretanto, não é a Inter e sim o Bayern, um clube extremamente consistente e com grandes receitas da área de marketing, regularmente. O Flamengo, por exemplo, teria que aumentar os valores garantidos de seu contrato em 50%, para chegar no Bayern. Talvez no futuro, certamente não agora.
Dos dez maiores da Europa, os cinco primeiros têm suas vendas e receitas fortemente alavancadas pela participação em outros países, tanto na Europa (a maior parte) como na Ásia, onde o mercado para o futebol cresce exponencialmente, ano após ano.