Advogado: menor foi hostilizado por corintianos e era dono de mochila

Danilo Vieira Andrade

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Advogado da torcida e do menor, Ricardo Cabral, diz que adolescente foi hostilizado | Crédito: Leandro Canônico

Nesta segunda-feira, em entrevista ao ‘Redação SporTV’, o advogado Ricardo Cabral, da principal torcida organizada do Corinthians e do menor que teria feito o disparo, afirmou que foi o adolescente de 17 anos quem comprou todos os sinalizadores encontrados pela polícia boliviana.

Os dois torcedores presos com sinalizadores, com o mesmo número de série daquele que atingiu o menino Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, teriam apenas encontrado a mochila do menor, que teria fugido da arquibancada, ao ser repreendido por outros corintianos.

– Aqueles sinalizadores apreendidos pertenciam ao menor. Depois do disparo, ele foi hostilizado pela própria torcida do Corinthians. Ele abandonou a mochila na arquibancada, se afastou e depois ele retornou em outro local da arquibancada. Foi quando os policiais vieram. Esses outros dois torcedores foram levados aleatoriamente, foram conduzidos amigavelmente e infelizmente foram presos e responsabilizados – disse o advogado.

Ricardo Cabral afirmou ainda que o adolescente de 17 anos, que disse ter feito o disparo, teria comprado os sinalizadores com um ambulante e não sabia operar o instrumento. Por isso, o acidente aconteceu.

– Ele vai assumir a autoria. Ele comprou os sinalizadores, foi ele quem disparou. Dos seis sinalizadores, ele foi informado pelo ambulante que dois deles eram mais modernos, que eram acionados por mecanismo manual. Mas ele imaginou fosse apenas fazer uma labareda, que não fosse sair voando.

O advogado do menor e da torcida organizada declarou ainda que a sua visita à Vara da Infância e da Juventude foi para planejar como o menor irá se entregar à Justiça.

– Como se trata de um caso de repercursao internacional, em respeito à comarca e ao juiz, viemos comunicar a apresentação, para que eles tomem as cautelas para receber o menor com todas as garantias previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Fonte: Globo Esporte