Gustavo Franceschini
Do UOL, em Guarulhos
No desembarque de diversos torcedores corintianos no Brasil no retorno da Bolívia, o discurso padrão foi o de que o disparo do sinalizador que culminou na morte de um torcedor boliviano do San José foi uma fatalidade.
No entanto, um membro da organizada Estopim da Fiel, Cristian Luis Garcia, o Russo, disse acreditar que o sinalizador foi disparado pelos próprios torcedores locais, e não de onde estavam os corintianos na arquibancada.
‘Nós não levamos sinalizadores pois não podemos usar lá. A gente viu uma festa bonita da torcida do San José, então acredito que tenha saído da torcida deles. A gente acha que saiu da torcida deles’, afirmou o corintiano, contrariando o discurso de diversos companheiros. Russo, aliás, foi o único que afirmou conhecer alguns dos torcedores que estão detidos na Bolívia para prestar esclarecimentos.
Paulo Sérgio, um outro torcedor que estava presente na arquibancada, relatou ter sido uma fatalidade e disse que por pouco não foi atingido pelo sinalizador lançado, segundo ele, sem querer.
A reportagem do UOL Esporte falou por telefone com Breno Ditura, torcedor corintiano que estava presente na partida na cidade de Oruro. Segundo o engenheiro paulista, o disparo de sinalizador que vitimou Kevin Beltrán Espada, 14 anos, quase atingiu os brasileiros nas arquibancadas.
‘A gente estava no meio da torcida. Tudo aconteceu depois do gol do Corinthians. O sinalizador passou muito próximo da gente. A gente se assustou e depois não atentou para onde ele foi’, descreve Ditura.