Pato dá três toques na bola, mantém escrita e enlouquece torcida

Danilo Vieira Andrade

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Pato comemora seu primeiro gol pelo 
Timão aos 28min do segundo tempo
Crédito: Futura Press

Alexandre Pato precisou dar três toques na bola para marcar seu primeiro gol com a camisa do Corinthians. A ajeitada na bola, um chute de direita, e outro de esquerda, certeiro. Assim como havia marcado gols em suas estreias no time profissional do Internacional, no Milan e na Seleção. Pato e seus cartões de visitas…

Uma tarde certamente inesquecível para ele e os mais de 33 mil torcedores que foram ao Pacaembu e esperaram 65 minutos pela contratação mais cara do futebol brasileiro. Valeu a pena. O Oeste foi o adversário perfeito para uma estreia segura e que enchesse o jogador de confiança em sua volta ao Brasil.

O sistema de som do Pacaembu ainda anunciava a escalação do Corinthians quando a equipe subiu os degraus do vestiário para o campo. Houve tempo para Alexandre Pato ouvir o alvoroço nas arquibancadas quando seu nome foi anunciado. O mais aplaudido pela torcida que foi ao Pacaembu na expectativa de ver a estreia do homem de 40 milhões de reais, e mais esperado por repórteres, cinegrafistas e fotógrafos: eram quase 30 em torno dele.

– Eu estava nervoso e ansioso para jogar na frente dessa torcida maravilhosa, mas quando eu entrei eles gritaram meu nome e fiquei mais tranquilo – revelou.

Tanto calor humano que o atacante, único a entrar no gramado de agasalho preto, logo estava apenas com sua camisa branca, sentado ao lado do goleiro Julio Cesar no banco de reservas. Foi com o parceiro que Pato comemorou os dois gols de Guerrero e fez comentários, talvez espantado com a facilidade que o time encontrava no início da partida. Ou, talvez, pensando: podia ser eu.

Quando voltou do intervalo, já com 3 a 0 no placar, Pato também foi alvo de gritos dos torcedores mais próximos. Aos seis minutos da etapa final, de colete azul claro, o ex-atacante do Milan e da seleção brasileira foi para trás do gol de Fernando Leal fazer seu aquecimento. E depois que Sheik bateu pênalti na trave, a torcida já não mais queria saber do jogo. Queria ver sua estrela.

– Paaaaaato… Paaaaaato!!!

Aos 20 minutos, a galera não agüentou e pediu. Bastaram três minutos para Tite atender o bando de loucos, e chamar o reforço. Menos de um minuto de instruções e a homenagem de Danilo, que fez um belo gol para receber o novo companheiro, à beira do campo.

A torcida fez questão de aplaudir e gritar o nome de Guerrero, uma espécie de ‘pedido de desculpas’ pela insistência em Pato. O peruano certamente entendeu. Até a zaga do Oeste pareceu determinada a participar da festa. Na primeira bola que recebeu, ajeitou, bateu e fez no rebote. Foi o gol mais comemorado, mais ensurdecedor na tarde alvinegra do Pacaembu.

– Minha estreia foi muito boa. A nota geral do time foi dez, mas eu posso melhorar muito ainda. Consegui fazer o gol, mas você vê o placar de 5 a 0 e vê que o time todo está de parabéns. Todos aqui são estrelas – avaliou Pato, humilde.

Apesar de ter entrado como centroavante, o jovem se deslocou em diversos momentos para o lado direito, abrindo espaço no meio para Sheik, mas não teve mais chances. Não fez mais nada. E nem precisava. O placar, as luzes e o carinho da torcida já estavam no papo.

Fonte: Globo Esporte