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Estádio Jesús Bermudez foi palco da tragédia que matou o torcedor Kevin Espada (Foto: Diego Ribeiro)
A morte do torcedor boliviano Kevin Espada, de 14 anos, vítima de um sinalizador vindo do setor onde estava a torcida corintiana, não causou só tristeza para o time do San José. O presidente do clube boliviano, Freddy Fernández Ponce, teme represálias à equipe no jogo da última rodada da fase de grupos da Libertadores, no reencontro com o Corinthians, dem 10 de abril, no Pacaembu.
– Diante do que ocorreu na Bolívia, penso que no Brasil pode ser pior – afirmou Ponce, em entrevista ao SporTV.
O dirigente do San José ainda se mostrou insatisfeito com a punição preventiva aplicada ao Corinthians, que até aqui está obrigado a jogar em casa com os portões fechados, e sem direito a ingressos nos jogos como visitante. A diretoria do atual campeão da Libertadores e do Mundial ainda tenta reverter essa decisão.
– Para nós é muito pouco (a punição dada ao Corinthians pela Conmebol) – disse Freddy Ponce.
A tragédia ocorrida na cidade de Oruro, no estádio Jesús Bermúdez, na última quarta-feira, promete mudar os rumos da segurança nos estádios bolivianos. Apesar de o presidente do San José afirmar que a revista foi feita, torcedores corintianos negam que tenham sido revistados.
– Não revistaram a gente, não fizeram nada, tanto que entrei pelo portão errado e fui parar dentro do campo – revela o torcedor Marcelo Roberto Ferreira. Ao tentar explicar a entrada de fogos mesmo com a revista que afirma ter ocorrido, Freddy Fernandez afirmou que ‘os corintianos entraram mal intencionados’.
Em uma reunião da Liga Boliviana de Futebol foi decidida uma série de medidas para diminuir a violência nos estádios do país, uma delas a instalação de câmeras voltadas para a torcida.
Fonte: Globo Esporte
