Estádio Pacaembu: vazio para o jogo de quarta-feira? | Crédito: Marcos Ribolli / Globoesporte.com
A semana que se inicia será atípica para o Corinthians. Até a última quarta-feira, data que marcou a estreia da equipe na Taça Libertadores da América, a torcida acreditava que lotaria o estádio do Pacaembu no dia 27, para a partida contra o Millonarios, da Colômbia, primeira como mandante na competição continental. A morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, no jogo diante do San José, mudou todos os planos: por decisão da Conmebol, o Timão terá de fechar os portões do estádio do Pacaembu – o clube recorreu e espera que a entidade se pronuncie nesta segunda-feira. A medida impactou até mesmo sobre o técnico Tite, que já promete preparação especial para seu elenco.
Abalado com a tragédia que vitimou o garoto no estádio Jesús Bermúdez, em Oruro, o treinador quer assegurar que os jogadores tenham equilíbrio emocional suficiente para jogar pelo menos a primeira fase da Libertadores sem a presença da torcida. Para isso, promete balancear os três dias de preparação entre preparo físico e psicológico.
– Foi tudo muito rápido, mal tivemos tempo de descansar. E falo de corpo e cabeça. Estamos disputando duas competições de muita grandeza e importância. Eu já falei para o Fábio (Mahseredjian): precisamos estar fortalecidos, recuperados, para aguentar esse nível de exigência – afirmou.
Na última quarta, ao fim do jogo com o San José, Tite mal conseguia falar. Sua entrevista coletiva se resumiu a duas frases, lamentando profundamente a morte de Kevin e dizendo que, se pudesse, trocaria até mesmo o título mundial conquistado em dezembro pela vida do garoto. O abalo da diretoria corintiana também foi notável: o gerente de futebol Edu Gaspar chorou ao comentar o ocorrido.