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| Adriano de Souza agora ocupa a quarta colocação do ranking do Circuito Mundial © Rodrigo Coca/Ag. Corinthians |
Na última terça-feira (02), Adriano de Souza se tornou o primeiro brasileiro da história a vencer a tradicional etapa de Bells Beach do WCT, a divisão de elite do surfe mundial. Atleta do Sport Club Corinthians Paulista, Mineirinho garantiu que a preparação física realizada no Parque São Jorge em janeiro e a força da Fiel, que o apoiou na Austrália, foram fundamentais para alcançar o feito inédito. Confira entrevista exclusiva com o surfista:
Após algumas competições com falta de sorte no início da temporada, você esperava vencer em Bells Beach?
Não. Estava com a autoestima baixa porque, mesmo com boa performance, o resultado não saiu nas primeiras competições do ano. Isso me deixou para baixo, mas sempre acreditei no meu potencial. Fiquei bem perto de ganhar a etapa de Bells Beach em 2011 e agora as coisas se uniram, cada bateria foi dando certo, e o título veio em 2013.
Como foi a “maratona” de terça-feira, com a disputa das quartas, semi e final?
Foi tensa, porque o mar estava grande e eu precisava usar o preparo que fiz em janeiro, no Corinthians. Esta preparação foi fundamental para a vitória. Foram três baterias de muita intensidade e eu consegui fazer essas três baterias 100%.
Como foi o duelo contra cada um dos três adversários desta terça?
Nas quartas, enfrentei um cara que é praticamente um herói pra mim, um espelho. O Mick Fanning é um atleta que tenho como referência e consegui batê-lo numa bateria bem acirrada.
A semifinal marcou a bateria mais apertada de todas e consegui a vitória sobre o Jordy Smith por um milésimo de ponto. Na final, enfrentei o Nat Young, um estreante do Circuito, e venci por ter mais experiência.
E antes das quartas, quais foram os adversários e fases superadas?
Na primeira fase, perdi para o brasileiro Alejo Muniz, mas ganhei do indonésio Oney Anwar na repescagem. No round 3, apresentei a minha melhor performance em uma bateria nesta etapa e passei pelo Kolohe Andino. No round 4, venci o brasileiro Raoni Monteiro e o CJ.
Quais eram as condições climáticas do campeonato?
Teve de tudo. Sol, chuva, vento, ondas grandes, pequenas. Todas as fases tiveram um pouco de cada. Por isso este campeonato é tão especial.
O título em Bells Beach foi histórico para o surfe brasileiro. Qual é a sensação pós-vitória?
Ser campeão desta etapa, algo que eu almejava, foi resultado de trabalho duro de muitos anos e que agora chega ao seu ápice. Na balança, tenho mais dias de trabalho do que de glória. Então estou aproveitando. A partir de sábado tenho que voltar aos treinos e competições
A próxima etapa do WCT acontecerá no Rio. Conta com a presença da Fiel para mais uma vitória?
Em Bells Beach, tinha dezenas de corinthianos uniformizados. Em todas as baterias, eu saía da água e ouvia um “Vai, Corinthians”. No Brasil, conto com a força ainda maior da torcida. E não só espero a torcida corinthiana, como o Brasil inteiro apoiando os seis brasileiros que estão na elite.
Em pouco tempo de Corinthians, já conquistou um feito inédito para o surfe brasileiro. Em que a parceria pesou para a vitória?
Como disse, a preparação realizada em janeiro no Corinthians foi fundamental para enfrentar as três baterias decisivas, realizadas no mesmo dia e de forma intensa. Além disso, contar com os torcedores corinthianos todos os dias em Bells Beach trouxe motivação extra. Assim, a preparação no Corinthians e a força da Fiel na Austrália foram fundamentais.
E mesmo de longe, tem acompanhado os jogos do Corinthians?
Mesmo com distância e fuso horário, faço o máximo para acompanhar os jogos do Corinthians pela internet. E fiquei muito feliz com as duas últimas vitórias, contra o São Paulo e o Millonarios, da Colômbia.
Para finalizar, mande um recado para a Fiel.
Muito obrigado pela torcida. É uma honra estar defendendo o Corinthians e ainda espero trazer muitas alegrias como esta para o Timão no futuro.
Fonte: Site Oficial do Corinthians
