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Leandro Moraes/UOL |
Com os primeiros estádios da nova geração fechando seus contratos de naming rights, o Corinthians comemora o “balizamento” do mercado para quando chegar sua hora. Depois de anos de discussão, no entanto, o clube já relativiza a importância da Globo nesse cenário.
“A Globo falar o nome é importante, mas não fundamental. Se fosse, os clubes de vôlei não sobreviveriam. Eu acho que é uma das propriedades a serem exploradas, mas não é a única. O nome das arenas será a melhor propriedade de ativação no futebol”, disse Caio Campos, gerente de marketing do clube.
A exposição dos naming rights na televisão é uma velha briga no marketing esportivo. Em esportes como vôlei e basquete, onde é comum os patrocinadores emprestarem seus nomes às equipes, há muita reclamação sobre o fato de a Globo ignorar as marcas em suas transmissões.
Desde o início da discussão sobre os novos estádios brasileiros, os naming rights são vistos como a salvação dos clubes, que esperam quitar o pagamento das obras vendendo o direito às empresas.
Para emprestar sua marca à Fonte Nova e à Arena Pernambuco, a Itaipava pagará R$ 100 milhões a cada um dos estádios em dez anos. Já a seguradora Allianz desembolsou R$ 300 milhões para comprar os direitos da nova Arena Palestra Itália, casa do Palmeiras.
Não está claro, no entanto, como esses locais serão tratados pela Globo, dona dos direitos de transmissão de todos os principais campeonatos do país e do continente na TV aberta. No ano passado,a emissora confirmou um acordo com os clubes no qual se compromete a divulgar os naming rights de estádios já a partir do Brasileiro deste ano.
Àquela altura, a Globo trabalhava com a possibilidade de receber um percentual do contrato fechado ou cobrar uma cota dos próprios patrocinadores. Os acordos, no entanto, serão fechados caso a caso, e não se descarta a ideia de que os narradores da casa não citem os naming rights, que apareceriam apenas nos créditos dos telejornais e em chamadas.
No início de seu projeto para o Itaquerão, o Corinthians pensou em arrecadar R$ 350 milhões com a propriedade. Desde então, teve de rever seu projeto e a forma como deve apresentar-se ao mercado. Neste cenário, o clube vê como positivos os compromissos já acertados.
“Para nós, foi bom outras arenas fecharem o contrato de naming rights. Mostra para o mercado o que pode ser feito em um negócio do tipo e nos ajuda a balizar nossa negociação”, disse Caio Campos.
Fonte: uol