Léo Jabá foi convocado para a seleção sub-15 (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press) |
Emerson Sheik não tem apenas a responsabilidade perante 30 milhões de torcedores corintianos. Hoje em dia, também é exemplo de garotos que sonham, no futuro, poder fazer história pelo clube. E ele tem alimentado o sonho de Léo Jabá, atacante do sub-15 do Timão, considerado um dos craques da base.
Léo começou a jogar no salão, e foi para o futebol de campo no sub-11 do São Paulo. A distância do CT de Cotia para a sua casa, em Santo André, atrapalhava. “Acordava 5h, meu pai me levava até o Morumbi. De lá, pegava um ônibus para Cotia. Treinava das 9h às 11h, almoçava lá e depois voltava para ir à escola. Na aula, quase sempre dormia. A diretoria chamava meu pai, que explicava a situação. Agradeço ao São Paulo, mas corri atrás do meu sonho”, disse Léo.
Sem disputar torneios no São Paulo, ele foi para o Timão. “Cheguei a ficar um tempo nos dois clubes, mas tive de me decidir no fim de 2010”, contou o garoto. O garoto hoje mora no alojamento da base do Timão, no Flamengo de Guarulhos. De uns tempos para cá, ele tem brilhado na seleção brasileira da categoria. Fez oito gols em quatro jogos na Canon Lion City Cup, em Singapura. Depois, fez mais oito gols em seis jogos na Copa do Mediterrâneo.
Bate-Bola:Léo Jabá
O desejo é grande! Até de jogar no profissional ao lado dele. Não sei se vai dar por causa da idade, ele já está velhinho (risos). Mas mesmo velhinho ele corre mais do que muita gente. Ele é batalhador, sempre ajuda os outros. Gosto muito do futebol dele, da pessoa humilde que é. Admiro-o e espero jogar um dia ao lado dele.
Eu e o sobrinho dele havíamos jogado contra o Palmeiras, em um sábado. Ele convidou para um churrasco na casa do Sheik. O motorista dele nos buscou. Cheguei, ele ainda não estava. Foi só alegria, tinha a macaquinha (risos). Ele até queria que nós dormíssemos lá, mas não tinha avisado meu pai, então não deu…
Graças a Deus eu não sofri, nunca passei fome, como ele… Me espelho demais nos meus pais. Meu pai saiu de casa na Bahia aos 9 anos de idade para trabalhar com o tio aqui em São Paulo. Ele sempre dá conselho, fala que tenho de valorizar o que temos. Ele conta que via um salgado na padaria e não podia comer, então é para eu agradecer o que tenho. Eu corro atrás dos meus sonhos e graças a Deus está dando certo.
Fonte: lancenet