Má fase do Corinthians volta a testar comando de elenco de Tite

Danilo Vieira Andrade

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No caminho até o título mundial, Tite muitas vezes foi valorizado por seus comandados. Em meio à má fase corintiana, ele terá de, novamente, colocar à prova a sua relação com os jogadores. Como fez nas duas crises anteriores em sua atual passagem pelo clube do Parque São Jorge, o técnico terá de lidar com questões internas e manter o grupo sob seu comando para voltar aos melhores momentos.
Tite retornou ao Corinthians em 2010, e viveu seu pior momento no clube no início do ano seguinte, com a eliminação diante do Tolima na pré-Libertadores. O vexame histórico abalou as estruturas do Parque São Jorge.

Organizados protestaram com violência no CT Joaquim Grava, jogadores como Roberto Carlos e Jucilei entraram em conflito com a torcida e Ronaldo anunciou sua aposentadoria. Apesar da confiança da diretoria, Tite se sustentou no cargo com o time em meio à reformulação.

O técnico bancou nomes contestados como o goleiro Julio Cesar e o lateral Fábio Santos e estruturou o time em torno de Leandro Castán, Ralf, Paulinho, Danilo e Liédson, que seriam fundamentais dali em diante. Aos poucos, se firmou e superou o baque da eliminação precoce.

O Brasileiro de 2011 começou e o Corinthians navegava em céu de brigadeiro até o problema com Chicão. Às vésperas de um clássico com o São Paulo, Tite percebeu a queda de rendimento e a indisciplina, barrou o então capitão e ganhou o grupo, que vinha perdendo fôlego na disputa do troféu nacional, que acabaria no Parque São Jorge ao fim daquele ano.

Nos dois casos, Tite usou sua ascendência e domínio sobre o grupo para superar as tormentas. O cuidado com as questões internas é, afinal, uma das características mais marcantes do trabalho do treinador, que vive na balança constante entre estimular a competição interna e conter eventuais insatisfações.
Hoje, o Corinthians é o quarto colocado do Campeonato Brasileiro, mas o mau rendimento tirou o sono da torcida. A derrota contra o Luverdense, na última quarta, foi a gota d’água nesse contexto, e Tite terá diversos obstáculos a superar.

O time, na visão do próprio treinador, vive uma reformulação em relação àquele que ganhou o Mundial de Clubes há pouco mais de seis meses. Dois desses saíram de maneira turbulenta. Jorge Henrique foi afastado do time por indisciplina, enquanto Chicão fechou com o Flamengo, irritado com a perspectiva limitada que tinha dentro do clube. 

Foto: UOL

Fonte: Terceiro Tempo