Um dos envolvidos na confusão entre corintianos e vascaínos no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no último domingo, o vereador Raimundo Cesar Faustino, do PT-SP, do município de Francisco Morato (SP), explicou sua participação na confusão durante a partida válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Através de seu perfil em uma rede social, o político, também conhecido como Capá, falou sobre sua ligação com a torcida Gaviões da Fiel, a qual é associado desde 1988, e deu sua versão dos fatos ocorridos no Distrito Federal.
– Quando vi agentes entrando em nosso meio atrás de torcedores de forma truculenta, espirrando gás de pimenta aleatoriamente em mim, amigos e todos ao redor, ficamos indignados. Na sequência, presenciei um agente que, em vez de deter um torcedor (não sei se era corintiano ou vascaíno), estava massacrando-o com borrachadas. No meu ímpeto de defesa, só quis que ele parasse de bater no torcedor. Primeiro tentei colocar a mão na frente de uma borrachada, mas ele continuou e sem pensar chutei o policial. Apanhei bastante por esse chute. Deveria ter abraçado o policial na tentativa de fazer ele parar, pois talvez apanharia menos – diz trecho do comunicado.
Em texto publicado na internet, o vereador diz fazer trabalho de prevenção com torcidas organizadas de todos os times na região de Francisco Morato e ter realizado ações sociais contra a violência.
Além disso, Capá aponta erros na administração do evento entre Vasco e Corinthians e responsabiliza os dirigentes pelos recentes incidentes.
– Errei chutando o policial por julgar injusta a atitude dele, mas os dirigentes erraram mais. Primeiro, a diretoria do Vasco que vende o jogo para o Distrito Federal e com valores absurdos aos seus torcedores. Erro dos setores de segurança que não obtém conhecimento das informações necessárias para a prevenção de conflitos. Em outros estados, com os Planos de Ações de Prevenções mais avançados, a ação preventiva se dá praticamente pelas informações e conhecimento. Falta isso no DF.
Fonte: Globo Esporte