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| Tite diz que jovens jogadores precisam de tempo e menos pressão (Foto: Marcos Ribolli) |
Há quatro rodadas sem vencer no Brasileirão, o Corinthians começa a demonstrar sinais de que o clube campeão mundial passa por uma fase de incerteza. O último bom resultado aconteceu na goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo, na 17ª rodada. Os duelos seguintes, com derrotas para Internacional, Botafogo e Goiás, além de um empate sem gols com o Náutico na 19ª rodada, não deram motivos para a torcida comemorar e a pressão da arquibancada começa a incomodar a equipe. Para Carlos Eduardo Lino, o momento é de crise, mas ele não aposta em uma mudança no comando do Timão (assista ao vídeo).
– Não é um time que possa reclamar apenas, como o Tite chegou a fazer, da incapacidade da última bola, falar que o Corinthians perdeu muito gol. A lógica de jogo não está legal, não tem mais aquela transição rápida e inteligente, não consegue mais reter a bola e controlar o adversário, é um time afoito, intranquilo, que não tem mais o poder de fogo que tinha. Mudou muita coisa desde saída de bola até definição de jogada, não é uma lógica de jogo que se explique só pela infelicidade do Pato ou pelo mau momento de algum atacante. O Tite, de alguma forma, perdeu a mão do time do Corinthians – disse Lino.
Depois da última derrota, por 2 a 1 para o Goiás, o Timão se distanciou do título e do G-4 do Campeonato Brasileiro. Agora, são cinco pontos de diferença para o Atlético-PR, primeira equipe na área de classificação para a Libertadores. No último domingo, o time deixou o Pacaembu sob forte cobrança da torcida.
– Pelas circunstâncias sim (o momento é de crise), porque o Corinthians vive sempre sobre pressão. É um clube que tem uma torcida muito exigente. Esse momento é de repensar muita coisa. Não sei se vai chegar ao ponto de repensar o trabalho da comissão técnica e do Tite, por exemplo, porque o crédito é muito grande. Mas, dentro de campo, o desempenho do time é ruim.
Ciente das dificuldades da equipe, o técnico Tite disse entender as manifestações, e tentou se justificar. Em entrevista coletiva, o técnico disse que a equipe do mundial já não existe mais e, por causa da carga dos títulos, os novos integrantes acabam sentindo a pressão. Por isso, ele assume a responsabilidade com a intenção de deixar os atletas mais confortáveis.
– Coloquei que tragam para mim as responsabilidades maiores para dar ao atleta um pouco mais de confiança. Porque é muito pesado jogar, pegar um time que já vem com uma expectativa de campeão do mundo. O grau de exigência tão alto que, para dar a resposta, eles precisam de um grau de maturidade e de sequencia – afirmou o treinador.
Agora Tite tem uma nova missão: escalar a equipe que enfrenta a Ponte Preta, na próxima quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. A equipe já tem dois desfalques confirmados, os laterais Fábio Santos e Alessandro. Após sentirem lesões contra o Goiás, eles foram reavaliados pelo departamento médico nesta segunda e desfalcam o Timão no interior.
Fonte: Globo Esporte
