Raça, técnica, sangue e liderança: ídolos marcantes dos 103 anos do Timão

Danilo Vieira Andrade

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Talvez não haja um clube como o Corinthians em que os ídolos incorporem tão bem a aura que o permeia. Não basta apenas categoria, é preciso ter raça, sangue e liderança para se eternizar com a camisa do Timão. Não são poucos os heróis alvinegros. Todos têm um lugar na rica história do clube, mas, nesta matéria feita em parceria com a Placar, relembre aqueles que ficaram marcados de alguma forma ou por uma ou mais características que os tornaram lendários para o Sport Club Corinthians Paulista.

O artilheiro – Cláudio
Artilheiro maior do clube, com 306 gols em 554 jogos, Cláudio ganhou o apelido de ‘Gerente’ por ter sido uma espécie de técnico dentro das quatro linhas.  Mortal nos cruzamentos para a cabeça de Baltazar e nas cobranças de falta, Cláudio venceu os Paulistas de 1951, 1952, e 1954, além das edições do Rio-São Paulo de 1950, 1953 e 1954.

O reizinho – Rivellino
Eleito por muitos como jogador mais técnico da história do Corinthians, Rivellino era dono de uma perna esquerda potente e dos dribles curtos típicos do futsal. Apelidado de Reizinho do Parque, Rivelino começou logo cedo no clube e fez história, mesmo não tendo conquistado outros títulos além do Rio-São Paulo de 1966.

O Super Zé – Zé Maria
Dar o sangue pelo seu time, literalmente, foi o que Zé Maria fez pelo Corinthians na primeira das três partidas que decidiram o Paulistão de 1979. Na ocasião, voltou a campo com um corte no supercílio e a camisa ensanguentada. De 1970 a 1983, o zagueiro se tornou símbolo de raça e ganhou o apelido de Super Zé pelo vigor físico. Conquistou os Paulistas de 1977, 1979, 1982 e 1983.

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Como sempre disse José Silvério, da meia-lua, para Marcelinho Carioca, era pênalti
Os pés de anjo – Basílio e Marcelinho Carioca
Dois jogadores, e o mesmo apelido de ‘Pé de anjo’. Basílio permanece até hoje como o grande símbolo e autor do gol que deu o título no Paulistão de 1977. Com 253 jogos e 29 gols, também se tornou técnico do clube em 1987, 1989, 1990 e 1992. Pelo clube venceu também o Paulistas de 1979. Basílio aproveitou para dar o seu recado: ‘Queria dar os parabéns ao clube e a quem o dirige hoje por nos representar tão bem. Não estamos crescendo apenas por números de torcida, e, sim, por diversos fatores como o CT, a Arena Corinthians. Parabéns a todos’.
Já o outro ‘Pé de anjo’, Marcelinho Carioca trouxe muitas alegrias e também troféus à Fiel. Dono de uma categoria incrível, sobretudo nas bolas paradas, o camisa 7 marcou época no Timão. Com 182 gols em 372 jogos, Marcelinho conquistou os Paulistas de 1995, 1997, 1999 e 2001, os Brasileiros de 1998 e 1999, a Copa do Brasil de 1995 e o Mundial de 2000.

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Wladimir, o jogador que mais vezes vestiu o manto sagrado do Timão


O incansável – Wladimir
Não é fácil se tornar ídolo do clube, mas Wladimir conseguiu e com números espantosos. Recordista de jogos no Corinthians, ele soma 803 jogos. Maior lateral esquerdo da história do Parque São Jorge, também integrou a liderança da Democracia Corinthiana.

@J.B.Scalco/Placar

Sócrates comemora gol com o punho cerrado no ar, ao lado de Casagrande e Wladimir, ícones da Democracia Corinthiana



O pensador – SócratesÀ frente de seu tempo, o eterno Sócrates justificava o seu nome. Além de cerebral dentro de campo, o camisa 8  também liderou o movimento que ficou conhecido por Democracia Corinthiana.  Com três títulos pelo Timão, os Paulistas de 1979, 1982 e 1983, o Doutor era dono de uma visão incrível de jogo e uma característica muito peculiar: dar passes categóricos com o calcanhar. Lamentavelmente, faleceu justamente no dia em que o Corinthians se sagrou pentacampeão brasileiro. Antes da partida decisiva, a imagem de todos os jogadores corinthianos e a torcida com os punhos cerrados no alto, da mesma forma como Sócrates comemorava seus gols, ficou registrada eternamente na história do Sport Club Corinthians Paulista.

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O bordão que ficou marcante para o corinthiano: ‘Espaaaaaalma, Ronaldo!’


O paredão – Ronaldo
Com 601 jogos, os títulos dos Paulistas de 1988, 1995 e 1997, da Copa do Brasil de 1995 e do Brasileiro de 1990, Ronaldo se tornou um dos maiores goleiros da história do Corinthians. Dono de uma personalidade típica e muito bom tecnicamente, Ronaldo ficou eternizado por sua passagem de dez anos no clube, de 1988 a 1998.

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Neto, o líder da geração que trouxe o primeiro título brasileiro ao Corinthians


O xodó – Neto 
Memorável foi o desempenho de Neto com a camisa do Corinthians entre os anos de 1989 e 1993. Com 80 gols em 228 jogos, o camisa 10, mais conhecido por ‘Xodó da Fiel’, só não fez chover em 1990, quando ajudou o clube a conquistar o seu primeiro título brasileiro. Muito bom nas bolas paradas, Neto se destacava nas cobranças de falta. Venceu ainda o Paulistão de 1997.
O talismã – Tupãzinho
Pedro Francisco Garcia, o Tupãzinho, foi o autor do inesquecível gol que deu o primeiro Brasileirão da história do Corinthians. Um dos jogadores que mais atuou pelo Timão, o ‘Talismã da Fiel’ esteve em campo em 340 jogos e se tornou uma das figuras mais carismáticas entre os ídolos alvinegros. Venceu o Paulista e a Copa do Brasil, em 1995, e o Brasileirão de 1990.

@Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Ronaldo teve momentos fenomenais no Timão e aprendeu a ser mais um louco do bando de loucos


O fenômeno – Ronaldo 
Já consagrado no futebol, Ronaldo chegou ao Corinthians e provou ao mundo que podia mais. Com um desempenho impressionante e belos gols, o Fenômeno foi campeão da Copa do Brasil e do Paulistão em 2009 e ganhou o carinho da Fiel. Mesmo após a sua aposentadoria, continuou ao lado do clube e é um dos pilares para o processo que vive o Corinthians desde o fim de 2007. ‘Tive a real dimensão do que é jogar pelo Corinthians quando estive aqui entre 2009 e 2011 e a felicidade de ter sido campeão em duas oportunidades. Presenciei um grande momento do clube quando foi anunciada a construção da Arena Corinthians, o que sem dúvidas será muito importante. Desejo muitas felicidades ao Corinthians neste aniversário de 103 anos’, falou Ronaldo.