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Testemunha da decadência de um Corinthians vitorioso, Edilson sugere saída de Tite

Danilo Vieira Andrade

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Tite à sombra de Edilson, retratado em mural no CT do Corinthians fazendo gol no Mundial de clubes de 2000 | Luis Moura/Gazeta Press

Edilson, o ‘Capetinha’, sabe bem o que é ir do céu ao inferno com o Corinthians. Bicampeão brasileiro e campeão mundial pelo time paulista, o ex-atacante saiu do clube depois de quase ser agredido por torcedores indignados com a eliminação nas semifinais da Libertadores para o Palmeiras, em 2000.

Por enquanto, ninguém foi expulso, mas o atual Corinthians passa por situação semelhante àquela vivida no início do milênio. Emerson Sheik virou ídolo da torcida ao marcar os dois gols do título da Libertadores de 2012, sobre o Boca Juniors e ainda sim tem sido hostilizado diante dos maus resultados – já são oito partidas sem vencer e apenas um gol marcado.

A fase ruim, diz Edilson, é normal. ‘O Campeonato Brasileiro é difícil e todo mundo passa por altos e baixos. Quando estava no Corinthians também éramos os melhores do país e de repente enfrentamos uma crise. Os jogadores precisam de uma motivação, uma renovação. Uma contratação nova, uma reunião com todo mundo. O capitão do time, a liderança, tem que chamar todo mundo para conversar, se cobrar, se ficar esse negócio de não falar um com outro, não poder falar a verdade, desanda.’

Para solucionar os problemas, o ‘Capetinha’ sugere uma medida que foi tomada pelo próprio Corinthians enquanto ele ainda defendia o Alvinegro: mudar o técnico. Naquela época, Osvaldo de Oliveira ‘pagou o pato’ e foi demitido.

‘Às vezes não é nem que o técnico seja ruim, é pela mesmice do time, precisa ter uma mudança de treinador para os jogadores pegarem gás. Com o tempo acaba dando uma esmorecida. Até para o treinador mesmo chega uma situação dentro do clube em que é melhor sair do que ficar ali porque ele já sabe tudo, desgasta. E se vem um novo treinador dá uma mudada.’

Um detalhe: a sugestão dada por Edilson não surtiu efeito em 2000. Oswaldo Alvarez, o Vadão, substituto do xará de Oliveira, não durou muito tempo no cargo e foi demitido antes do final do Campeonato Brasileiro. O Corinthians terminou a competição na penúltima colocação e só não caiu para a Série B porque neste ano não havia rebaixamento.

Fonte: ESPN