Adeus, Tite: chance a Zizao, ‘ajuda’ a Mano, falta de energia no banco e ‘luta’ contra novelas

Danilo Vieira Andrade

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Fim de uma era: Tite deixa o Corinthians, e até Zizao tem chance na última partida | Agência Corinthians

Acabou.

Às 21h22 deste sábado, 7 de dezembro de 2013, Tite deixou pela última vez o banco de reservas do Corinthians. É o fim da segunda, e vitoriosa, passagem do treinador pelo clube de Parque São Jorge. A derrota por 1 a 0 para o Náutico, na Arena Pernambuco, não estava nos planos, mas o técnico admitiu que os derradeiros 90 minutos à frente não foram fáceis.

Sempre elétrico, vibrante durante um jogo, ele foi quase irreconhecível no estádio em São Lourenço da Mata, calado, levantando poucas vezes da casamata. ‘É uma das poucas vezes que o banco foi meu parceiro. Faltava energia para a beira do campo’, reconheceu Tite, nos vestiários.

‘Claro que queria vencer. Mas talvez valesse menos que as homenagens que o Alessandro teve. A torcida cobra, mas é apaixonada e reconhece muito também. Vou levar isso comigo’, disse o técnico, citando a despedida dos gramados do lateral-direito e capitão das suas grandes conquistas pelo Corinthians, a Libertadores e o Mundial do ano passado.

‘Se tivesse que repetir, cada fase, tudo que fiz até aqui, deve ter um contrato para eu assinar’, voltou a brincar Tite, que no dia em que anunciou sua saída afirmara que até se acorrentaria em um poste no CT Joaquim Grava caso conseguisse uma improvável vaga na Libertadores.

Agora, o treinador quer descansar. Antes, porém, mandou dez jogadores para as férias antes do duelo em Pernambuco, tudo para ajudar o seu sucessor, Mano Menezes.

‘O técnico, independente de quem seja – acho que vai ser o Mano mesmo, mas não posso falar, porque passa por uma questão diretiva, sei através de vocês dessa situação, desse momento… – O mais importante é a saúde. Por isso tiramos alguns atletas. Vai ser importante ter a força maior no início do ano que vem’, falou Tite.

Em sua despedida, até Zizao teve chance de atuar. O chinês, que não entrava em campo desde janeiro deste ano, também deixará o clube ao final de 2013. ‘Era a opção ofensiva que tínhamos. Até o (zagueiro) Felipe de atacante botamos no final… Foi dar para cada um do grupo oportunidade no Brasileiro. Se tivesse Léo e Paulinho, que estão no sub-20, seriam opção. Mas ali, era ele’, disse.

E para o futuro? Tite já tem uma certeza: vai precisar de duas televisões em casa.

‘Eu não sou noveleiro. Vai ser duro ser parceiro dela (a esposa Rosmari). Vamos ter que ficar com uma TV de um lado, outra de outro’, afirmou o técnico, que pretende encontrar campeões e assistir a jogos internacionais. ‘O objetivo é acompanhar grandes jogos. É dar um tempo. Mas o primeiro momento, é família. Conversar com (Carlos) Bianchi, Zagallo e depois as coisas vão se abrindo’, citou.

A última pergunta: e agora? ‘Agora vamos para a oração. Sempre pela saúde. O último que dei um abraço foi Alessandro. Na palestra já houve um ato de carinho, de abraço, de despedida…’

Adeus, Tite.

Fonte: ESPN