Bronca da mãe não é o único remédio de Romarinho. Em 2014, ele só ataca

Danilo Vieira Andrade

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Romarinho fez, nos dez jogos que disputou em 2014, quase o mesmo número de gols que em toda a temporada passada. O próprio atacante atribui a boa fase à mudança de postura que teve, aliada a um apoio especial da mãe. Os números mostram, porém, que ficar mais livre para se movimentar em campo também ajudou o atacante.

Ao longo de 2013, Romarinho marcou apenas seis vezes em 69 jogos – embora tenha tido rivais de peso no ataque, ele foi um dos que mais atuaram no ano. Na atual temporada, são cinco gols em dez partidas disputadas, que fazem dele o artilheiro disparado do Corinthians e o vice do Paulista.

Em campo, Romarinho deixou de ser um dos três homens do trio de armação do Corinthians de Tite, que tinha a obrigação de marcar a todo momento. Com Mano, ele faz dupla de ataque com Guerrero e tem como principal obrigação criar situações de gol para o companheiro e para si mesmo.

A mudança não é por acaso. Desde que voltou ao clube, Mano liberou os seus homens de frente para serem mais criativos, com menos responsabilidade na recomposição defensiva, ao contrário do que pregava Tite. Tudo para que o ataque voltasse a marcar gols.

‘Estou bem mais solto agora. Não estou voltando direto para pegar o lateral e isso está me ajudando. Fico mais próximo da área’, disse Romarinho à Band na última segunda, em uma de suas raras entrevistas coletivas.

Em 2013, Romarinho somou 101 desarmes ao longo da temporada, com uma média de 1,46 por partida. Até agora, na atual temporada, tomou seis bolas dos rivais, ou 0,6 a cada jogo, de acordo com o Footstats.

Só no último Brasileiro, Romarinho somou 58 desarmes ao longo da competição, e terminou como o quinto melhor corintiano no quesito. No atual Paulista, é só o décimo que mais rouba bolas.

Fora de campo, as coisas também mudaram, é verdade. O Romarinho que exagerou nas baladas após o estrelato em 2012 deu lugar ao atacante mais centrado. Culpa, segundo ele, das broncas da mãe, dona Vera, que não gostou do comportamento do jogador.

‘É família, né? Palestina [cidade natal do jogador]. Tomei uma dura da mãe. Minha mãe falou para focar mais, cortou um pouco o negocinho. Cortou a asa. Chega de… Deixa quieto [risos]’, disse Romarinho logo no início do ano, quando quebrou o jejum de mais de quatro meses sem gols.

Fonte: UOL