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Choro no Avaí, exigência para os pais e trabalho inusitado. Saiba quem é o Luciano do Timão!

Danilo Vieira Andrade

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‘Bênção, pai! Bênção, mãe!’. É assim que Luciano se despede de seus pais antes de ir para os treinos no CT Joaquim Grava.

Herói da vitória do Corinthians por 3 a 0 sobre o Comercial – fez os dois primeiros gols -, na quarta-feira, o meia-atacante de 20 anos tem como maior característica uma simplicidade peculiar, bem comum em garotos de cidades do interior.

Nascido em Anápolis (GO), Luciano não passou grandes dificuldades na infância, mas teve ‘tudo no limite’ ao lado da irmã mais velha.

Filho de motorista e dona de casa, ele fez uma só exigência ao seu staff, quando soube que jogaria no Timão: trazer os pais, Itamar e Luci Neves, para morar com ele em São Paulo. Hoje, instalado no Tatuapé, na Zona Leste, tem companhia das pessoas de quem tanto sentiu saudade em quatro anos longe de casa.

Seu início foi no Atlético-GO, ainda perto dos pais. Depois de um período cheio de desilusões no Dragão, deixou os treinos decidido a não jogar futebol mais. Mas bastou uma semana trabalhando em um mercado para a vontade de correr atrás da bola bater mais forte. A dureza não era ser reserva, mas o mundo lá fora.

Passagem pelo Sul

Mais tarde, seguiu para a base do Internacional, onde teve pouco tempo. Depois, foi para o Avaí, também para atuar nas categorias inferiores. Em Santa Catarina, encontrou um ‘padrinho’ que já o queria tê-lo no time havia algum tempo (veja depoimento na página ao lado). No comando do time profissional, Hemerson Maria decidiu promovê-lo.

– Eu pegava no pé dele na questão de posicionamento. Chegou um dia que ele até chorou depois de umas broncas. Mas sempre vi muito potencial nele, por isso cobrava – disse.

Até que lhe chegou a proposta do Corinthians. Em boa hora, aliás… Estava na mira de clubes dos Emirados Árabes, mas não queria deixar o Brasil. Bateu o pé com seus empresários. Grêmio, Fluminense e até o Internacional, de novo, chegaram a sondá-lo, mas preferiu o Timão.

O caçula de Luci e Itamar, agora, sente o gosto de ser cuidado morando com os pais. A preocupação, que não é só dos familiares, é com a cabeça do garoto, para não deixar o sucesso subir à cabeça. O Corinthians, com a ajuda de seu staff, trabalha para blindá-lo no momento de empolgação.

Apegado à religião, Luciano começa a ser gente grande também na megalópole São Paulo. Já tem seu carro e ainda sofre para aprender os caminhos da grande metrópole. Mas o principal caminho, no entanto, ele já começou: conquistar a Fiel.

Fonte: Lancenet