Gobbi descarta seguir Nobre e romper com organizadas do Corinthians

Danilo Vieira Andrade

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Representantes dos dois clubes concederam coletiva (Foto: Caio Carrieri)

Após a agressão que o elenco do Palmeiras sofreu de membros da Mancha Alviverde, no ano passado, na Argentina, o presidente Paulo Nobre rompeu qualquer ligação ou ajuda que o clube dava às torcidas organizadas.

Recentemente o Corinthians viveu situação semelhante, quando torcedores invadiram o CT. Porém, o presidente Mário Gobbi descarta seguir o palmeirense. Segundo ele, ainda haverá diálogo com as uniformizadas alvinegras.

– Em cada clube há uma situação específica, da cultura que vive cada um. O Corinthians tem uma relação de diálogo. As torcidas são independentes, o clube não subsidia nada. Em momentos que o time não estava tecnicamente bem, eles por várias vezes foram ao CT. Conversamos, houve diálogo e tudo se resolveu em paz. Continuamos com o nosso critério de diálogo, e só. Toda vez que ultrapassar esse limite, não há mais diálogo – disse ele, nesta sexta, na coletiva conjunta dos clubes para promover a paz no futebol.

– Existe muita gente boa nas organizadas, que vai torcer e nada tem a ver com meia dúzia que não sabe se comportar. Nós respeitamos, são associações. Se torcedores querem conversar, nós respeitamos. O diálogo é bom, mas se passar disso a questão tem de ser paralisada – completou.

O presidente Paulo Nobre reiterou a posição de afastamento das torcidas organizadas, mas disse seguir respeitando todas elas.

– Todo mundo sabia que sou oriundo das arquibancadas e até já fui de organizada. Podem ter pensado que minha atitude seria branda em caso de situação hostil. Não tenho nada contra, eles fazem uma festa muito bonita, mas tiveram uma atitude hostil e houve o rompimento. Cada um ficou no seu canto, nós trabalhando e eles torcendo, vaiando, elogiando… – declarou.

– Eu vejo isso com bons olhos. Eles precisam ter Independência para criticar a gestão. Mas sendo uniformizada ou não, perde a razão quando age com violência com jogadores, diretores, funcionários, patrimônio… A torcida torce na arquibanca e nós fazemos nossa parte dirigindo o clube – finalizou.

Fonte: Lancenet