Para Vampeta, protesto no CT corintiano é ‘comum’: “O clube pertence à torcida”

Danilo Vieira Andrade

Google News Siga-nos no Google Notícias
Cerca de 100 torcedores invadiram o CT do Corinthians no último sábado / Crédito: 

Reginaldo Castro/Gazeta Press

Em 2000, logo após a eliminação do Corinthians para o Palmeiras nas semifinais da Libertadores, Vampeta e outros jogadores foram ‘intimidados’ por torcedores no CT do clube. Resultado: carros avariados e alguns dos principais símbolos daquele time mudando de ares.

Vampeta, que bateu boca com torcedores, foi um dos que deixaram o Timão, mas, segundo ele, por um outro motivo: uma proposta irrecusável da Inter de Milão. Em entrevista à PLACAR, o ex-volante e agora presidente do Grêmio Osasco Audax classifica como corriqueiro protestos como os do último sábado, em que torcedores invadiram o CT Joaquim Grava para cobrar satisfações dos jogadores corintianos, que, até então, vinham de três derrotas seguidas no Paulista.

‘Já aconteceu com vários ídolos, como Rivellino, Neto, Edilson, e esse atual elenco ia passar em branco? Time grande tem que ganhar sempre. Costumamos dizer que o clube pertence à torcida’, disse Vampeta, que defendeu Emerson Sheik e Pato, dois dos principais alvos da ira dos ‘invasores’. ‘O Sheik ganhou tudo no Corinthians. A torcida pega no pé dele por conta daquele selinho dado em um amigo. Já o Pato é pelo pênalti perdido contra o Grêmio (pelas quartas de final da Copa do Brasil de 2013), porque ele foi o atacante que mais gols marcou pelo Corinthians no ano passado (Nota da Redação: Pato fechou o ano como artilheiro do Timão, com 17 gols).’

Cogitada desde segunda-feira, a possível greve dos jogadores corintianos não foi respaldada por Vampeta. Para ele, o ocorrido no CT Joaquim Grava foi um ‘fato isolado’ e não deve interferir na disputa do Paulistão. ‘Sou contra (a greve). O que aconteceu foi um fato isolado, não afetou todas as instituições. Isso é comum, acontece com todos os grandes clubes. E não é só no Brasil, não. Na Europa, acontece também. Acho que só na Ásia que esse tipo de coisa não é visto.’

Nesta sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo (SAPESP), Rinaldo Martorelli, descartou a possibilidade de greve do Paulista neste final de semana.

Fonte: Placar