Mano pega pesado com Emerson Sheik

Danilo Vieira Andrade

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O ano mal começou e Emerson Sheik já ficou na marca da cal no Corinthians. Tudo porque o atacante deu duas mancadas logo nos primeiros dias da Era Mano Menezes, em janeiro.

Primeiro, Sheik faltou à reapresentação do elenco após as férias, em 6 de janeiro. A fim de evitar polêmica, o Corinthians divulgou que o jogador tinha autorização para se ausentar da atividade. Não era verdade.

Dias depois, o herói do título da Libertadores pisou na bola outra vez ao se atrasar para um treino. Antes mesmo de entrar em campo, foi chamado até a sala de Mano Menezes e ouviu o seguinte recado do treinador: “Comigo, você vai se atrasar só essa vez. Entendido?”.

Sheik acenou positivamente com a cabeça e, depois disso, não deu mais motivos para puxões de orelha. Apesar de reconhecer o talento do veterano, Mano deixou claro ao presidente Mario Gobbi que vai afastá-lo do elenco em caso de novo ato de indisciplina.

Deitando e rolando/ A falta de paciência de Mano Menezes com Emerson é reflexo das histórias da temporada passada que o treinador ouviu.
Homem de confiança de Tite, Sheik foi o recordista de atrasos em treinamentos.

Também faltou a algumas atividades e despertou a irritação de companheiros e dirigentes, devido ao comportamento pouco profissional. Entre a boleirada, porém, era tido como protegido pelo treinador e pela diretoria.

Para piorar, seu desempenho em campo despencou. O último gol marcado saiu no longínquo dia 31 de julho do ano passado, em jogo válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro — empate por 1 a 1 com o Grêmio, no Pacaembu.

Lesão de Paulo Guerrero abre chance para atacante

A recuperação do Corinthians no Paulistão, assegurada com as vitórias consecutivas sobre Oeste, Rio Claro e Comercial, coincide com o período em que Emerson Sheik esteve fora da equipe — ele passou por uma microcirurgia para a retirada de um furúnculo.

Porém, em razão da contusão de Paolo Guerrero, Sheik tem retorno marcado para quarta-feira, contra o Linense, em Lins. E o veterano precisará mostrar serviço para seguir. “Estamos encontrando um time e o Emerson tem de entrar no ritmo dos demais”, avisa Mano Menezes, explicando como pretende armar a equipe sem um centroavante. “Jogaremos com outra característica, com dois atacantes de mais movimentação, o que dá mais versatilidade em alguns aspectos”.

Emerson disputou sete das 11 partidas do Corinthians no Paulistão e tem retrospecto negativo. São apenas duas vitórias, um empate e quatro derrotas. Com ele em campo, o time marcou seis gols e sofreu 12.

Fonte: Diário de São Paulo