Campanha pede ‘Corinthians Popular’ com preços justos e transparência

Danilo Vieira Andrade

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Reprodução do site “Por um Corinthians Popular”, que pede mudanças no clube | Reprodução/Facebook

A insatisfação com alguns efeitos colaterais da nova casa do Corinthians uniu torcedores em torno de uma ideia comum: “Por um Corinthians Popular”. Incomodados com preços, políticas e atitudes da diretoria, fanáticos alvinegros se juntaram para cobrar direitos que se perderam na mudança do Pacaembu para o Itaquerão: gratuidade para crianças e idosos, preços mais justos e transparência, tudo sem partir para discussões eleitorais de qualquer espécie.

A página de Facebook da campanha hoje tem mais de 3 mil curtidas, mas a ideia do movimento está sendo espalhada a cada jogo do Corinthians em panfletagens e conversas em torno do estádio. Ela é, na verdade, o resumo de críticas que partiram espontaneamente das arquibancadas desde o primeiro jogo, e tem como objetivo, além de apontar defeitos, apresentar soluções objetivas para os problemas que até agora não têm solução.

“A ideia surgiu em conversas ali nos bares em torno do estádio, nas redes sociais. Algumas pessoas foram identificando: ‘Esses caras defendem as mesmas coisas que eu defendo”, explica um dos membros do grupo, que não quis se identificar.

Por que o anonimato?
O anonimato tem dois motivos básicos, segundo ele. O primeiro é não personalizar o discurso de um grupo. São cerca de 40 pessoas discutindo temas, posições e estratégias da campanha em uma estrutura horizontal, em que não há líderes e todas as vozes têm o mesmo peso.

O segundo é uma tentativa de não desqualificar o debate. O clube terá eleições no começo do ano que vem e Andrés Sanchez, um dos personagens da discussão, é candidato a deputado federal pelo PT. Ficar sem rosto, então, pode evitar que os descontentes sejam acusados de terem motivações dúbias na campanha.

Assim, de maneira apócrifa, o movimento “Por um Corinthians Popular” distribuiu duas notas pela internet e incentivou corintianos a postarem fotos dos filhos pequenos reclamando das condições do Itaquerão. A ideia é continuar a campanha em torno de bandeiras que estejam cada vez mais bem definidas.

Fonte: UOL