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Andrés critica Gobbi por definição de técnico e pede cautela com Guerrero

Danilo Vieira Andrade

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Depois de se afastar do cotidiano do Corinthians para cuidar da eleição para deputado federal, o ex-presidente Andrés Sanchez mostrou insatisfação com o modo como o atual mandatário, Mário Gobbi, está conduzindo algumas situações no fim de seu período à frente do clube. Em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, Andrés criticou a indefinição na escolha do técnico para 2015 e pediu que nenhuma loucura seja feita para a renovação de contrato de Paolo Guerrero, principal jogador da equipe.

A indefinição para a sucessão de Mano Menezes se dá porque as eleições são apenas em fevereiro – o contrato do técnico termina em 31 de dezembro. Andrés não gostou da condução do caso.

– Até fevereiro, ele é o presidente. O Corinthians tem 104 anos e nunca ficou sem treinador por causa de eleição. Ele é o presidente. O máximo que pode fazer é consultar os candidatos, mas é ele quem decide – disse Andrés.

Andrés faz críticas a Gobbi no fim de mandato (Foto: Silas Pereira/ GloboEsporte.com)

Gobbi espera a definição dos candidatos para fazer uma reunião e tentar o consenso em relação ao nome do novo treinador. A tendência é que tal encontro ocorra em dezembro, após o Campeonato Brasileiro.

Outra definição que o presidente precisa tomar é sobre a renovação de Guerrero, que anda emperrada. A diretoria aguarda o retorno do atacante da seleção peruana para tentar um acordo. Andrés teme que o clube gaste demais para manter o jogador.

– Acho que tem de renovar, mas sem loucura. Sumiu o dinheiro do futebol neste ano, e o ano que vem vai ser difícil também. Nos últimos anos, houve exagero demais. Uma hora tem de brecar. Tem de renovar com ele? Tem, mas sem fazer loucura – analisou o ex-presidente do Corinthians.

As críticas também respingaram no zagueiro Paulo André, que deixou o clube no início do ano, mudou-se para a China e move processo trabalhista em que cobra indenização de R$ 2,5 milhões por horas extras e outros direitos não pagos.

– Rescindimos o contrato dele três vezes. Eu mesmo rescindi duas porque ele achou que tinha de ter aumento. Para aumentar, você tem de fazer um novo contrato. Ele está dizendo que foi obrigado a romper, que foi unilateral. Adoro o Paulo André, mas é brincadeira ele fazer isso – reclamou Andrés Sanchez.

Atualmente, o ex-presidente é apenas conselheiro do Corinthians. Ele deixou a administração da Arena do clube para se concentrar na candidatura a deputado federal.

Fonte: Globo Esporte