Um dos principais ídolos recentes da seleção peruana, Paolo Guerrero parece não contar mais com o mesmo prestígio de antes em seu país natal. Após a vitória do Peru sobre o Paraguai por 2 a 1 em jogo amistoso na terça-feira, o centroavante, que fez partida discreta e foi expulso, não foi poupado de críticas por torcedores e jornalistas.
A crise de Guerrero na seleção começou nos últimos meses, quando o jogador manifestou publicamente o desejo de ser dispensado de amistosos do Peru para disputar partidas decisivas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil pelo Corinthians. Para jogos da última semana, o centroavante não foi liberado pela comissão técnica e teve de se apresentar à seleção peruana. A atitude, porém, não foi bem digerida em seu país.
No primeiro jogo contra os paraguaios, disputado fora de casa na sexta, Paolo Guerrero foi destaque ao marcar o gol do seu time na derrota por 2 a 1. No jogo de volta, de terça, já no Peru, o corintiano pouco ajudou. Acabou expulso ao tentar dominar a bola com as mãos, levando o segundo cartão amarelo, quando sua equipe ainda perdia o jogo por 1 a 0. Sem a presença do ídolo, o time da casa reagiu e virou o placar.
“Prefiro dez que façam, prefiro dez comprometidos. Que joguem aqueles que querem jogar!”, chegou a esbravejar no ar o narrador Daniel Peredo, da rede CMD, durante a partida. No jornal DT El Comercio, a expulsão foi classificada como “vergonhosa”. Nas redes sociais, os torcedores também mostraram ressentimento com Guerrero, fazendo piadas sobre a atuação apática do centroavante e a reação do time após sua saída.
Logo após o apito final, Guerrero mostrou arrependimento pela expulsão e pediu desculpas aos torcedores. “Recebi o amarelo em uma jogada boba. Foi uma reação, todo mundo viu. São coisas da partida, pode acontecer a qualquer um. Espero que nos próximos jogos isso não aconteça novamente”, justificou o centroavante.
O público da partida contra o Paraguai refletiu a baixa popularidade dos jogadores e do time nos dias atuais. Durante o confronto, o estádio Nacional, de Lima, com capacidade para 40 mil pessoas, teve apenas 50% de ocupação.
Fonte: ESPN