Melhor jogador do Corinthians na vitória sobre o Goiás, na quarta-feira, Malcom possui uma antiga história de amor com a camisa alvinegra. Ele já era corintiano antes mesmo de nascer, graças ao fanatismo da mãe, Flavia de Oliveira. “Toda vez que ele chutava dentro da minha barriga, eu gritava que era gol do Corinthians”, recorda-se a mamãe.
Flavia chegou a rodar o Brasil para ver o Corinthians. “Eu era da Gaviões da Fiel e ia a todos os jogos. Fui a Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e todo o interior de São Paulo”, assegura a mãe do atacante.
A paixão, herdada de dona Sonia, avó de Malcom, também pegou Duzinho, apelido do irmão de Flavia. “O Pacaembu se tornou a nossa segunda casa, porque estávamos todo fim de semana lá, com bandeira, camisa, cantando, vibrando…”
O curioso é que Flavia acabou se casando com um são-paulino, que é o pai de Malcom. “Mas meu filho nunca cogitou a possibilidade de torcer para o São Paulo. Com um ano e dez meses, ele já estava comemorando o primeiro título no estádio”, conta Flavia, referindo-se ao dia 23 de dezembro de 1998, quando o Timão bateu o Cruzeiro por 2 a 0, no Morumbi, e faturou o Brasileirão.
Foi por causa da idolatria pelo Corinthians, transmitida de mãe para filho, que Malcom recusou uma proposta do São Paulo na temporada passada.
“Ele estava prestes a se profissionalizar e teve ofertas do São Paulo e do Inter. A do São Paulo era para ganhar três vezes mais. Aí, o Malcom bateu o pé e disse que preferiria continuar no Corinthians”, conta.
Única opção – Malcom cresceu sonhando em ser jogador de futebol. Mas tinha de ser no Corinthians. Até por isso, a primeira peneira de sua vida foi no Parque São Jorge, em outubro de 2007. O menino, então com 10 anos, era mais um em meio a outros 400 tentando a sorte.
Os testes só acabaram em fevereiro do ano seguinte, quando Malcom, enfim, foi aprovado. “Foi a maior festa na família. Mas não deu para fazer churrasco nem sair para jantar, porque a condição financeira não ajudava”, diz Flavia.
Aos 11 anos, Malcom sofreu a primeira decepção da carreira. “Foi numa final contra o Palmeiras, no Pacaembu. O Corinthians acabou vice-campeão e ele ficou arrasado. Tanto que despencou no gramado e não se levantava. Eu chorei demais”, narra a mãe do atacante.
Hoje, os choros têm sido de alegria com o sucesso do garoto de 17 anos, titular absoluto do Timão na reta final de 2014.
Fonte: Yahoo