Ralf faz poucos gols, não arrisca jogadas de efeito, mas é quase incontestável no Corinthians. Virou um dos símbolos dos times operários do Timão nos últimos anos. Nesta quarta-feira, assim que começar a partida contra o São Paulo, pela fase de grupos da Taça Libertadores, o marcador atingirá a marca de 300 jogos com a camisa do Timão.
– Não é para qualquer um. É uma camisa que exige muito respeito, representa uma nação. Estou entrando nesse grupo de jogadores que fizeram história. A ansiedade sempre existe. Esse jogo tem um sabor especial por ser o primeiro clássico em uma Libertadores – afirmou.
Ralf e o maior torneio das Américas, aliás, possuem uma ligação impressionante. O volante participou das 34 partidas que o Corinthians fez na competição desde que ele foi contratado, em 2010. O jogador foi substituído apenas uma vez, nos minutos finais contra o Boca Juniors, no Pacaembu, pelas oitavas de 2013.
Ralf durante treino do Timão no CT (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians) |
Jogador de poucos gols, Ralf tem um na história da Libertadores. Em 2012, fez de cabeça e garantiu o empate por 1 a 1 contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, pela primeira rodada da fase de grupos. O resultado abriu caminho para o Tmão embalar e, mais tarde, conquistar o inédito título de forma invicta.
– Eu nem lembrava mais desse gol, faz tanto tempo (risos) – brincou.
Adorado pela torcida, Ralf vem passando por momentos turbulentos com a diretoria. O clube gostaria de negociá-lo, mas não recebeu ofertas. O Corinthians deve quase R$ 3 milhões aos empresários dele pela compra de parte de seus direitos econômicos depois que se recusou a vendê-lo para a Fiorentina, ainda em 2012. Além disso, o jogador tem cerca de quatro meses direitos de imagem atrasados.
– Não pagou, mas estamos conversando com o pessoal da diretoria, tinha de esperar a eleição. Não vai ter problema. Estou focado e isso nunca impediu nada. Quero fazer historia.
Fonte: Globo Esporte