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REDAÇÃO: Se o André faz, eram 12 minutos para empatar…

Por | 5 de maio de 2016

É impossível comentar a eliminação do Corinthians na Libertadores deste ano sem antes fazer um breve comentário do jogo de ida contra o Nacional (URU), em Montevidéu.

Na primeira partida, o Corinthians não demonstrou um bom futebol e por sorte trouxe o 0 a 0 para a Arena. Aí meus amigos, a equipe alvinegra cometeu um pecado. Decidir em casa é sim uma vantagem. Mas até que ponto? Até levar um gol aos 4 minutos do primeiro tempo? Sabendo-se que o regulamento benefícia quem marca fora de casa. Gol esse que surgiu de uma pequena falha do goleiro Cássio e da marcação do Corinthians. Note que Nico Lopéz, vem de trás e consegue chutar a bola que o arqueiro corinthiano rebateu para dentro de sua própria área.

Até então tudo sob controle, a equipe alvinegra tinha um jogo inteiro para tentar reverter o placar e garantir a classificação. O Corinthians foi para cima, se demonstrou muito aguerrido e criou muitas chances claras de gol. Tanto que 10 minutos após sofrer o gol, a equipe alvinegra foi às redes com Lucca. Em jogada iniciada na direita, André não conseguiu dominar a bola que sobrou para o atacante empatar a partida.

Com o empate, a partida ficou ainda mais emocionante. O Nacional não recuou e continuou dando trabalho para o goleiro do Timão, que foi bem em suas defesas e não deixou a bola entrar. O Corinthians, por sua vez, também partiu para cima do adversário e teve ótimas chances de gol. Uma das mais claras foi o chute de Lucca, que parou nos pés do goleiro uruguaio, Conde.

O lado direito do Corinthians estava dando show no primeiro tempo, Fagner que vem fazendo uma boa temporada, à todo instante era acionado por seus companheiros e aparecia no ataque criando boas jogadas. Uma delas quase resultou em gol. Após cruzamento de Fagner, Rodriguinho deu uma boa cabeçada e quase marcou para o Timão.

Particularmente, achei o primeiro tempo muito movimentado e eletrizante, digno de uma Libertadores da América. Mas, infelizmente ele terminou de uma forma antidesportiva. Em lance no meio campo, o autor do gol uruguaio, Nico Lopéz simulou uma contusão. Como a bola estava com a equipe alvinegra, o time uruguaio pediu para que a bola fosse tocada para fora. Porém, o Corinthians deu continuidade ao lance e o Nacional retomou a posse de bola e finalizou para o gol de Cássio justamente com o “lesionado” Nico Lopéz, que parou nas mãos do goleiro alvinegro.

O lance causou muito tumulto no intervalo do jogo, e no túnel de acesso aos vestiários, quando os atletas corinthianos estavam concedendo entrevistas, eram empurrados pelos jogadores uruguaios que passavam pelo local.

No começo do segundo tempo, o Corinthians voltou com pressão para cima do Nacional, criou algumas chances, mas não conseguia o toque final para fazer o gol. E então, entrou o velho ditado em ação “quem não faz, toma”. Aos 11 minutos, Nico Lopéz invadiu a área corinthiana, rolou a bola para Fernandéz que bateu forte, Cássio rebateu e Romero marcou o segundo gol da equipe uruguaia.

Logo após o gol, Tite resolveu fazer duas alterações na equipe. O técnico sacou Lucca e Giovanni Augusto para a entrada de Romero e Marquinhos Gabriel, estreante da noite. A partir daí, foi só desespero, o Corinthians começou a alçar muita bola na área do adversário, que recuou em seu campo de defesa. A bola aérea não estava dando certo. O tempo passava e o time alvinegro não conseguia sair do prejuízo.

Aos 24 minutos da etapa final, o técnico do Timão fez sua última alteração. Saiu Bruno Henrique para a entrada do meia Danilo. Os três jogadores alvinegros que entraram na segunda etapa, vieram muito bem para o jogo e demonstraram um bom futebol.

O Corinthians continuou pressionando com bolas aéreas e exatamente em um lance desses aconteceu o inesperado: Penalidade máxima de Polenta em André. A Fiel comemorou enlouquecidamente.

André se responsabilizou pela cobrança, e enfim, bateu muito mal e desperdiçou a chance de empatar a partida para o Corinthians, aos 38 minutos da etapa final. Ali daria tempo de correr atrás do placar, virar o jogo e se classificar.

Durante toda a segunda etapa, o Nacional fez cera, e o Corinthians buscou desesperadamente o resultado da classificação. Com o pênalti perdido por André, poucos ainda acreditavam na classificação corinthiana. Mas eis que aos 47 minutos, surge uma outra chance. O defensor que já havia feito uma penalidade antes, colocou a mão na bola em uma disputa com Felipe. Marquinhos Gabriel foi para a cobrança e bateu como se deve bater em jogo decisivo. Sem enrolação. Tudo igual, 2 a 2.

Se antes o desespero já era grande por parte do Corinthians, após o empate se tornou maior. Faltavam aproximadamente três minutos para o término do jogo. Como houve a penalidade durante os acréscimos, acreditava-se que o juiz estenderia o tempo da partida. Coisa que ele não fez.

Na saída de bola, o Corinthians foi pra cima e quase marcou com Romero, seria histórico se a bola entrasse. O atacante recebeu bola cruzada pela direita e finalizou para fora. Ele estava bem próximo do gol.

Sendo assim, o Corinthians amargou a sua quinta eliminação na Arena. O Nacional tem os seus méritos, mas o alvinegro poderia ter se classificado. A equipe uruguaia é limitada. Em alguns casos, tenho a mania de dizer que o Corinthians não perdeu para o adversário e sim perdeu para si mesmo. Não estou tirando o mérito de quem se classificou, mas esses são casos que o Timão perdeu ou empatou na partida de ida e resolveu decidir em casa, e deu adeus à competição. Assim foi com Tolima (COL), Guarani (PAR) e Nacional (URU).

ABAIXO, DOU MINHAS NOTAS PARA OS JOGADORES:

Cássio – 5,0 – Mesmo tendo falhado no primeiro gol, o goleiro evitou outras chances claras da equipe uruguaia.

Fagner – 6,5 – Está jogando muito, se apresenta bem no ataque e faz a lateral direita do Corinthians funcionar com muita eficiência.

Felipe – 5,0 – Fez uma atuação dentro da média, participou bem quando precisou “tirar” bolas adversárias.

Yago – 4,5 – No primeiro gol do Nacional, o zagueiro estava de costas para Nico Lopéz que entrou livre na área para marcar o tento. Considero como uma falha de marcação. Mas, tirando isso o beque foi bem no jogo e até chegou perto de marcar um tento.

Uendel – 4,5 – Também fez uma atuação dentro da média, mas poderia ter sido melhor. O lateral poderia se inspirar mais em seu companheiro (Fagner) de posição e criar boas jogadas em seu setor.

Bruno Henrique – 5,0 – O volante atuou dentro da média, como a maioria de seus companheiros. Não fez uma partida espetacular mas buscou o jogo.

Giovanni Augusto – 7,0 – Voltou com tudo da contusão. Participou da jogada que resultou no gol de Lucca e além disto, também ajudou em outras jogadas.

Elias – 6,0 – É importante para o elenco titular do Corinthians. Achei meio apagado no comecinho da partida, mas depois veio para o jogo e em algumas ocasiões, apareceu na área do adversário.

Rodriguinho – 5,0 – O meia foi participativo, quase marcou um gol em uma boa cabeçada e ajudou na parte técnica da equipe.

Lucca – 5,5 – Autor do primeiro gol. Teve outras oportunidades e quase converteu. Porém, já vi ele fazendo melhores atuações com a camisa alvinegra.

André – Nota 2,0 – Péssima atuação, muito abaixo. Em alguns lances não ficava em pé dentro de campo e não conseguia ter domínio de bola. Perdeu a oportunidade de marcar um gol de pênalti em momento decisivo.

Romero – 5,0 – Entrou bem na partida, teve boas chances de gol, mas infelizmente foi barrado pelo goleiro adversário. Já venho falando há semanas, merece a titularidade.

Marquinhos Gabriel – 5,0 – Em sua estreia o meia foi pro jogo e demonstrou um bom futebol. Ainda é muito cedo para falar. Temos que esperar uma sequência para avaliar o trabalho dele. Bateu o segundo pênalti e converteu.

Danilo – 5,0 – Esse é um monstro. Entrou e jogou muito. Infelizmente em breve é provável que anuncie a aposentadoria. Seria uma boa opção se tivesse entrado como titular na partida de da última quarta-feira ou se batesse o pênalti no lugar de André.