MP diz que eleições do Corinthians não foi confiável e acusa Sanchez e aliados

Danilo Vieira Andrade

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Foto: Marcio Porto

O presidente Andrés Sanchez enfrentará momentos difíceis nos próximos dias no Corinthians. Nesta semana, o Ministério Público recebeu um laudo de uma empresa particular e anexou nas investigações referentes às eleições do clube alvinegro realizada em fevereiro. O MP afirma que o processo eleitoral do Timão não foi “íntegro, seguro e confiável”.




Em agosto, a Justiça determinou audiência para verificar a lisura do pleito e das urnas eletrônicas. A Telemeeting Brasil, empresa responsável pela contagem de votos, está sob suspeita. O MP se baseia no artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor: fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviço, com pena de prisão de três meses a um ano e multa.

“Lamentavelmente, além da infração penal constatada (autoria e materialidade), ficou demonstrada a absoluta violação da confiabilidade e seriedade do pleito, o desvirtuamento do processo eleitoral de um dos maiores clubes do Brasil, vez que o presidente e chapas não foram eleitos dentro de um processo democrático íntegro, seguro, confiável e hígido, que deveria ter sido garantido pelo produto e serviço vendidos pela empresa Telemeeting”, diz o MP.

Segundo colocado no pleito, Paulo Garcia incluiu na investigação a empresa Dynamics Perícias, de São Paulo, que analisou minuciosamente todos os detalhes das eleições do clube paulista. Segundo o laudo, foram apurados 3.642 votos, mas só 3.617 pessoas assinaram a lista de presença, uma diferença de 25 sócios.

Vale destacar que uma possível anulação das eleições não deve acontecer nesse processo criminal. Apenas uma ação na esfera cível ou um movimento de conselheiros poderia prejudicar Andrés Sanchez e seus aliados.

Procurado pelo globoesporte.com, o Corinthians se manifestou da seguinte maneira: “Essa questão não me diz mais respeito sob o aspecto de qualquer providência. Primeiro porque o caso está judicializado e, segundo, porque não sou mais presidente do Conselho. Temos que aguardar. O que o Judiciário decidir, terá que ser cumprido.”