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Foto: Divulgação |
Corinthians e Flamengo sempre foram colocados como times próximos, cada um representando pensamentos parecidos, apenas em estados diferentes. Ambos equipes de massa, consideradas ‘do povo’ e com alcance midiático estrondoroso.
Porém, as diretorias e gestões das equipes vêm se afastando cada vez mais, ficando evidente que se colocam em lados opostos do espectro de gigantes do futebol. Tal separação está em destaque na mídia com a disputa pela volta do público nos estádios, mesmo ainda com números expressivos da pandemia de coronavírus.
O Flamengo é a favor da volta do público no Rio de Janeiro, utilizando cerca de 30% da capacidade do estádio do Maracanã, casa do rubro-negro. O presidente Andrés Sanchez se mostra a favor da volta dos torcedores, mas só se haver igualdade de condições para todos os times e não apenas em algumas cidades e estados. O mandatário alvinegro, inclusive, prometeu não jogar caso a presença de torcedores for aprovada só no Rio de Janeiro.
Na tarde desta quarta (23), em pronunciamento oficial, o governador de São Paulo, João Doria, declarou que o estado não permitirá a ocorrência de público a curto prazo. Ou seja, a isonomia defendida pelos clubes pode não ocorrer, e só o Rio de Janeiro, com a pressão do Flamengo, deve aprovar a entrada de torcedores. O que fará Sanchez e o Corinthians?
As diferenças dos dois clubes já apareceu anteriormente na pandemia, ainda em junho, quando o Flamengo colocou o time para treinar no Ninho do Urubu, mesmo com o acordo dos outros times em só treinar quando permitido pelas autoridades sanitárias. O Timão foi veementemente contra a atitude rubro-negra e chegou a criticar a equipe.
A gestão dos dois times é bem diferente. Enquanto o Flamengo alega ter ficado anos cortando custos, o Corinthians registra déficits, categorizados como normais pela diretoria. Na opinião de Sanchez, o Flamengo é beneficiado pelas vendas caras de atletas para clubes da Europa, como aconteceu com Reinier e Vinícius Jr.
Assim, as maiores torcidas do Brasil, com um perfil de torcedor considerado parecido, se afastam cada vez mais, mostrando dois lados diferentes no patamar de cima do futebol brasileiro.
E aí, o público nos estádios tem que voltar?
Por: Gabriel Gonçalves / @falandodecorinthians
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