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Na carta, a Fiel LGBT afirma que, apesar de ter se reunido com o clube num passado recente, não está sendo mais respondida pelos dirigentes. “Desde a nossa criação não recebemos reconhecimento nenhum por nosso trabalho”, diz trecho da carta.
Em seguida, horas depois, o Corinthians publicou nota oficial se dizendo surpreso com a carta da Fiel LGBT. “Estarrece-nos, portanto, que o referido departamento não tenha sido sequer contactado antes de o grupo tomar a atitude pública desta manhã, em suas redes sociais, o que pudemos verificar em sindicância interna”, diz trecho da publicação alvinegra.
A reportagem entrou em contato com Railson, presidente do Coletivo Fiel LGBT, e ele preferiu não se manifestar sobre o assunto.
VEJA CARTA DA FIEL LGBT:
INSATISFAÇÃO
Carta aberta ao Sport Club Corinthians Paulista, pelo coletivo FIEL LGBT, onde temos a finalidade de obtermos respostas e demonstrar nossa insatisfação com a falta de retorno do clube para com nossas tentativas de comunicação, que até o momento não foram respondidas.
Narrando os fatos, temos o seguinte:
-Após o episódio da publicação homofobica direcionada aos torcedores do SPFC, fomos chamados para conversar e levar nossas ideias para serem analisadas, algum tempo se passou e não tivemos retorno;
-Enviamos uma proposta do uso da nossa faixa para exibição na Arena e Fazendinha, e não tivemos retorno;
-Desde a nossa criação não recebemos reconhecimento nenhum por nosso trabalho.
Esses são alguns dos motivos para nossa insatisfação. Sabemos das dificuldades atuais, porém existem departamentos e cada um cuida da sua área e só precisamos no momento do MARKETING e RESPONSABILIDADE SOCIAL, quanto a faixa, nós iremos produzir sem que o clube gaste com ela.
Atenciosamente, coletivo FIEL LGBT.
VEJA NOTA OFICIAL DO CORINTHIANS:
O Sport Club Corinthians Paulista recebe com surpresa a carta aberta do coletivo Fiel LGBT, publicada nas redes sociais.
Na reunião realizada em janeiro, ainda nos primeiros dias da atual gestão, ficou combinado entre o Clube e o coletivo que o ponto focal para o diálogo sobre temáticas sociais era o Departamento de Responsabilidade Social do clube.
Estarrece-nos, portanto, que o referido departamento não tenha sido sequer contactado antes de o grupo tomar a atitude pública desta manhã, em suas redes sociais, o que pudemos verificar em sindicância interna.
Nada disso colabora para o avanço das sugestões encaminhadas ao clube. Apenas causa desgaste desnecessário a uma instituição que permanece fiel à sua História de luta pela igualdade, bem como a uma gestão atenta aos debates democráticos do presente, conforme demonstram nossas recentes manifestações sobre o tema LGBT.