A direção do Corinthians respondeu as acusações do diretor Emerson Piovezan, sobre ter “maquiado” o balanço patrimonial de 2014, apresentado aos conselheiros em 2015. Em nota oficial, Roberto de Andrade classifica o caso como “interpretação divergente”.
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Emerson Piovezan, diretor financeiro do clube, enviou recentemente uma carta ao conselho onde afirma que Mário Gobbi, em 2014, “maquiou” – ele usa exatamente essa palavra – o balanço financeiro alvinegro à época. O caso veio à tona após divulgação da Folha de S.Paulo. Roberto de Andrade, que assumiu em 2015, sabia da adulteração e se omitiu ao caso, dá a entender o dirigente aos conselheiros.
O balanço divulgado em 2015 afirmava que o clube havia fechado o ano anterior com superávit de R$ 230,6 milhões. Na verdade, segundo Piovezan, o clube terminou a temporada com déficit de R$ 97 milhões, diferença bruta de exatos R$ 328 milhões.
Piovezan afirma que o principal motivo para isso ter acontecido, foram as despesas da Arena Corinthians.
Em nota oficial, o Corinthians rechaçou a hipótese de ter mascarado as contas.
CONFIRA ABAIXO A NOTA OFICIAL
Em relação às publicações envolvendo as demonstrações financeiras do ano de 2014, o Sport Club Corinthians Paulista esclarece que durante os procedimentos contábeis e de auditoria externa para o fechamento do balanço do exercício de 2015 foram identificadas necessidades de ajustes aos valores registrados – e que não caracterizam qualquer tipo de maquiagem – e publicados referentes ao exercício de 2014.
Os ajustes realizados foram discutidos com a auditoria independente e também foram obtidos pareceres de especialistas para suportarem os registros desses valores ajustados.
O balanço de 2015, publicado em 30 de abril de 2016, tem a devida informação sobre os critérios utilizados, conforme a nota explicativa número 2, com o título Reapresentação das Demonstrações Contábeis do Exercício Findo em Dezembro de 2014: “O balanço patrimonial e as respectivas demonstrações do resultado (…) foram ajustados e estão sendo reapresentados como previsto no CPC23 – Políticas Contábeis Mudanças de Estimativas e Retificação de Erro e CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis e da norma internacional IAS 1 (R)”.
A opinião dos auditores independentes relata, conforme parágrafo de ênfase número 1 do Relatório dos Auditores Independentes, sobre as Demonstrações Contábeis: “Examinamos também os ajustes descritos (…) que foram efetuados para reclassificar as demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2014 (…). Em nossa opinião, tais ajustes são apropriados e foram adequadamente efetuados”.
Assim sendo, por tratar-se de mera interpretação divergente acerca de normas contábeis, entendemos não haver razão para o prolongamento do assunto.










