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Sylvinho cita Guardiola e explica escolha por “linha de quatro”

Danilo Vieira Andrade

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Foto: Reprodução

O técnico Sylvinho foi apresentado pelo Corinthians nesta terça-feira (25) e revelou que retornará ao sistema com quatro defensores no clube, o contrário que vinha sendo utilizado por Mancinio no esquema de três zagueiros.


Nas primeiras palavras como comandante alvinegro, ele explicou porque prefere linhas de quatro.

“Variação de sistema tático existe e é bom. Gosto de linha de quatro, conheço o sistema, domino as funções. Podemos trocar sistemas, ocorre. Mas atletas me conhecem. Faz parte da história do Corinthians a linha de quatro. A garra e raça são marcas desse clube. Existe. É bom. Não será difícil”, declarou Sylvinho.

“O sistema tático não define se o time é ofensivo ou defensivo, mas sim as peças e o que queremos potencializar. Eu domino o sistema de quatro, fui criado assim. 3-4-1-2 e outros sistemas com três também dominamos. Precisamos entender o que potencializa o time e os jogadores. Não gosto de variação de sistema, não trabalho assim. Entendo que o atleta treinado tem as distâncias e percepções de treino para levar para o campo com tempo de trabalho. Variação te causa distâncias diferentes, o que gera atraso. Eu gosto da linha de quatro, mas não está fora de cogitação trabalhar com linha de três em algum jogo pontual”, completou.

Sylvinho também falou da escolha pelo Corinthians e lembrou das experiências com Tite e Mano Menezes dentro do clube.

“Não precisei consultar ninguém. Vim porque é hora, porque é tempo. Estava esperando. Tenho monitorado. É um clube que conheço há muitos anos. Satisfação. Foram três minutos de uma boa conversa. Trago do Lyon construção enorme na vida, e em outras funções, até mesmo nessa casa. Trabalhei com Tite e Mano Menezes. Trago muita coisa, conteúdo e isso me deixa muito satisfeito. Trago de todos”, declarou.

Sobre ser conhecido como um cara muito pilhado e que cobra bastante dos jogadores, Sylvinho também comentou. “Quase nada… É um jeito, característica. Não gostaria de ser assim, tem hora que me incomoda. Meus pés se mexem. Ser pilhado no futebol é não perder tempo. Não temos tempo a perder. Nível de concentração alto. Entrega. Concentração. Estar atento a tudo, absorvendo tudo. O atleta é inteligente. Sou pilhado porque entendo que as coisas são assim, é meu ritmo. Muitas dessas características. Sempre serviu para mim. Na vida cotidiana, eu passou um pouco do ponto. É muita energia”, disse.

Sylvinho ainda prometeu recuperar os medalhões que não estão rendendo tanto com a camisa corinthiana.

“O trabalho é desafiador e árduo. Recuperar os mais experientes. Eu trabalho para todos os atletas. Nós da comissão, da direção, todos nós trabalhamos para recuperar os atletas. Os jovens, também. Quanto a eles, é importante acelerar algumas etapas. Demanda do futebol, jogos. É bom trabalhar com jovem, tem absorção, mas com responsabilidade de colocá-los e que se sintam melhor pouco a pouco. Outros mais acelerados. Alguns são mais rápidos, quem dá o tempo são os atletas. Recuperar a todos. Não me conformo deixar dois fora. Vamos buscar os atletas”, pontuou.

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EXPECTATIVA
“O cenário é positivo. Lázaro está de volta ao clube. Tivemos conversa, informação. Trago o Doriva, profissional de alto nível. Traz experiência, tranquilidade. Já estamos trabalhando em cima do elenco, de decisões a serem tomadas. Vamos acelerar processos. Campeonato está aí, vai começar rapidamente. Temos dificuldade da pandemia. O respaldo é bom, a equipe é boa. Vamos trabalhar. Vi alguns jogos do Paulista, entre tantos outros. Jogos de domingo, terça, quinta, misturados com outros campeonatos é muito complicado. Temos que relativizar. Temos uma nova etapa.”

FORMA DE JOGAR
“Cada técnico tem uma característica. Absorvo o melhor de cada um deles. Sou o Sylvio. Jogo é de competitividade maravilhosa. É fascinante. Linhas altas. Mas e se o rival tem a bola e você não pressiona bem, vai ter que correr para trás. No primeiro livro do Guardiola, 4-4-2 é número de telefone porque as peças se mexem. Todos gostamos de marcação pressão, posse de bola, linhas altas. Vamos ver o que o grupo te dá para poder encaixar tudo isso. É interessante. Saber quando e por que temos que retroceder, marcar o espaço. Duas formas de marcar: marcar o homem ou espaço. A bola passa no espaço. Variável fina. Muito bonito jogar com essas coisas.”

VAI PRIORIZAR ALGUMA COMPETIÇÃO?
“Não vamos priorizar nada. Prioridade é o próximo jogo. O tempo é escasso. Globalização ficou bonito. Guarda combustível antes do jogo, depois, recupera. Dá para se trabalhar. Assim eu aprendi com grandes treinadores. As imagens falam mais do que palavras. Metologia sendo desenvolvida com imagens. Otimizar tempo, ganhar tempo para poder ir aperfeiçoando o que queremos do atleta. Imagens falam. Trabalhamos com isso. Dentro de um grupo, com imagem de cinco a sete minutos aquilo ali é treino. Vai ser levado a campo. É processo desafiador, mas temos que nos encontrar.”


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