por Gustavo Franceschini
Do UOL, em São Paulo
No primeiro grande momento da temporada corintiana, Alexandre Pato não está entre as principais armas do Corinthians e sofre com a forte concorrência de Guerrero e Emerson. Para Tite, no entanto, ele está se aproximando do nível que lhe rendeu uma vaga no time titular há quase dois meses.
‘A retomada de confiança do Pato foi muito importante. Ele estava muito bem e não ia sair da equipe, agarrou a oportunidade. Agora ele está retomando esse processo, voltando quase ao mesmo estágio que estava antes’, disse Tite, dando um indício de que ele poderia ganhar mais tempo em campo.
Na prática, porém, não é bem assim. A aproximação das decisões do primeiro semestre, com as finais do Paulista e o início do mata-mata da Copa Libertadores, Tite evita ao máximo mexer em seu time titular. Pato, então, tem virado cada vez mais um coadjuvante.
O ex-milanista não é mais titular do time desde que teve uma lesão na coxa direita durante o jogo contra o Tijuana, pela Copa Libertadores, no dia 6 de março. Àquela altura, ele formava a dupla principal da equipe alvinegra ao lado de Guerrero, com Emerson no banco de reservas.
Desde então, o cenário mudou. A lesão o tirou do time por quatro jogos e, a despeito de bons lampejos contra São Paulo e Ponte Preta, parou sua boa fase. Enquanto isso, Emerson segue crescendo de produção, se destaca como garçom e é protagonista em momentos decisivos, como na goleada sobre a Ponte, quando foi o melhor em campo.
A sequência dos dois titulares fecha as portas para Alexandre Pato. A política de Tite é a de poucas mudanças técnicas da equipe. Mais de uma vez, neste ano, ele disse que os 11 campeões mundiais como titulares, incluindo Chicão e Jorge Henrique, seguiriam no time caso não tivessem sofrido lesões.
Brigar por espaço com Romarinho seria uma possibilidade. ‘Emerson e Guerrero são mais terminais, às vezes eu tenho usado [o Pato] com eles dois. Se eles não tivessem se lesionado em momentos diferentes, eu teria tido tempo de utilização dos três por meio de treinamento. Teria um ajuste, um entrosamento maior para isso’, disse Tite na última sexta.
Na prática, porém, essa é uma opção complicada. Hoje, Romarinho tem um papel de armação no time, reconhecido pelo próprio Tite. Pelas suas características, Alexandre Pato tem uma tendência maior de se aproximar da área adversária, fragilizando a marcação da equipe caso fique ao lado de Emerson e Guerrero.
Foto: UOL
Fonte: Terceiro Tempo