O portal É o Time do Povo no especial de hoje traz levantamento com as contratações do Corinthians que mais surpreenderam.
Relembre nomes importantes da história do Time do Povo que foram contratados de clubes de menor expressão, ou a preços baixos, e renderam tecnicamente e financeiramente para o Corinthians.
Depois de lista com as contratações do Corinthians que mais decepcionaram (veja aqui), fizemos uma nova lista. Quais reforços anunciados pelo Timão chegaram com menos expectativas do que entregaram?
São jogadores que ainda não estavam em evidência nacional e se encaixaram perfeitamente no Timão, conquistando títulos importantes.
Confira abaixo a seleção do portal É o Time do Povo com as contratações do Corinthians que mais surpreenderam:
Cássio
Um dos maiores ídolos e vencedores da história do Timão, o goleiro Cássio, hoje no Cruzeiro, abre a lista como uma das contratações do Corinthians que mais surpreenderam.
Cássio chegou em 2012, aos 24 anos, após encerrar contrato com o PSV da Holanda e veio sem custos para o Todo Poderoso. Demorou um mês para ser apresentado pelo clube, mas logo teve uma chance como titular.
Júlio César, o goleiro da época, vivia má fase e Tite escalou equipe mista no Paulista poupando para a Libertadores. Foi quando Cássio estreiou contra o XV de Piracicaba. Pouco depois, recebeu chance nas oitavas da Libertadores e não saiu mais.
O resto todos nós já sabemos. Campeão da Libertadores, Mundial, dois Brasileiros, Recopa Sul-Americana e quatro Paulistas. Com 712 jogos, é o segundo que mais atuou pelo Timão na história.
Chicão
O técnico Mano Menezes pincelou nomes para a disputa da Série B do Brasileirão em 2008, com orçamento baixo. E trouxe o zagueiro Chicão, que encerrava contrato com o Figueirense, também sem custos.
Batedor de faltas e líder nato, Chicão estreiou contra o Guarani pelo Paulista e logo tornou-se o xerife da defesa e um dos pilares do time que venceu a segunda divisão e voltou para a elite do futebol.
O zagueiro tornou-se também capitão da equipe que em 2009 venceu Paulista e Copa do Brasil. O time se reformulou e Chicão seguiu titular, sendo campeão do Brasileiro de 2011 e da Libertadores e Mundial 2012.
Foi campeão ainda de Recopa Sul-Americana e Paulista em 2013 antes de sair para o Flamengo. Fez 247 jogos pelo Corinthians e surpreendetes 42 gols, sendo o segundo zagueiro que mais fez gols na história do Timão.
Elias
Jogador do futebol de várzea no início da carreira, o meia Elias foi um dos destaques da Ponte Preta finalista do Paulista de 2008 e o Corinthians o contratou. Atacante no início da carreira, virou volante no Timão.
Ainda que tenha se destacado na Ponte, ninguém imaginava que Elias ia se adaptar tão rápido ao Coringão e mais recuado do que atuava no interior. Virou titular da equipe que foi campeã da Série B do Brasileirão.
E no ano seguinte foi um dos protagonistas dos títulos do Paulista e Copa do Brasil. Em 2011, foi vendido para o Atlético de Madrid por 7 milhões de euros, trazendo retorno financeiro. Mas Elias queria mais Corinthians.
Voltou em 2014 e foi um dos responsáveis pelo título do Brasileiro de 2015, saindo em 2016 para o Sporting, retornando à Europa. Foram ao todo 253 jogos pelo Timão, com 31 gols marcados. Se aposentou em 2020.
Paulinho
O volante Paulinho também brilhou em um time do interior paulista para chegar ao Timão. Foi adquirido junto ao Bragantino em 2010 após boa atuação na Série B pelo time de Bragança Paulista.
Paulinho aparentava que ia ter poucas oportunidades pela disputa na posição no elenco corintiano da época, mas ele se tornou titular no mesmo ano, mostrando sua polivalência em desarmar e aparecer no ataque.
Em 2011 foi campeão do Brasileiro. Na Libertadores 2012 fez gol de cabeça épico contra o Vasco nas quartas e conquistou o título como um dos protagonistas, assim como no Mundial e Paulista e Recopa em 2013.
Foi vendido em 2013 ao Tottenham por 19 milhões de euros, uma das maiores vendas da história do Corinthians. Voltou em 2022 para encerrar a carreira em 2024. Ao todo fez 219 jogos e 40 gols pelo Timão.
Ralf
O volante Ralf também teve trajetória semelhante. Veio de um time ainda menor, o Grêmio Barueri, também em 2010. Tornou-se titular e parceiro de Paulinho na volância, se destacando pela marcação forte.
Foi campeão do Brasileiro de 2011, Libertadores e Mundial em 2012, Recopa e Paulista em 2013. Sobreviveu à reformulação e viu o técnico Tite voltar e vencer outro Brasileiro em 2015, com Ralf seguindo como titular.
Deixou o Corinthians para jogar no futebol chinês em 2016. Mas acabou voltando em 2018 e foi campeão Paulista daquela temporada e da seguinte, em 2019. Saiu em definitivo do alvinegro no ano de 2020.
Ao todo, Ralf fez 437 jogos e 10 gols. Pitbull na marcação, nunca tomou um cartão vermelho. Saiu do Todo Poderoso para jogar no Avaí. Hoje, aos 41 anos, ainda joga, pelo Vila Nova, de Goiás.
Romero
O atacante paraguaio Ángel Romero foi contratado no meio de 2014 junto ao Cerro Porteño, onde atuava há três anos, sem um status de que iria brigar pela titulariedade e se tornar um dos queridinhos da torcida.
Foi se destacar só em 2015, ainda como reserva, mas com boas participações no título do Brasileiro daquele ano. Com reformulação em 2016, tornou-se titular. Em 2017, fez um dos gols da conquista do Paulista.
Romero foi crucial para o título do Brasileiro, fazendo gol em dérbi decisivo, que praticamente garantiu a conquista para o Todo Poderoso. Em 2018 venceu outro Paulista e fez gols que evitaram o rebaixamento.
Em 2019 foi vendido ao San Lorenzo, e retornou em 2023. Começou como reserva. Terminou o ano titular e com gols que salvaram de novo o Timão de cair para a Série B. Campeão do Paulista de 2025, segue no time.
Tupãzinho
Encerra a lista das contratações que mais surpreenderam o Talismã da Fiel. Tupãzinho, heroi do primeiro título do Campeonato Brasileiro em 1990, chegou sem pompa e saiu maior do que antes de jogar no Corinthians.
O atacante veio por empréstimo em 1990, quando estava no São Bento de Sorocaba, e foi comprado depois. Marcou o primeiro gol contra o Novorizontino, em maio. Seis meses depois faria o gol da sua vida.
Conhecido pela agilidade e disposição, era peça importante da campanha do título de 90, entrando e fazendo gols no fim dos jogos, até tornar-se titular. Na final contra o São Paulo, o Coringão venceu a ida por 1 a 0.
No jogo de volta, Tupãzinho fez o gol do título: 1 a 0 e a conquista inédita. No ano seguinte, venceu a Supercopa do Brasil, e a Copa do Brasil de 95. Saiu em 1996, após 341 jogos e 52 gols, rumo ao Fluminense.