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Os dez jogos de maior superação do Corinthians na história

Pedro Nogueira Heiderich

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O portal É o Time do Povo traz hoje levantamento com o Top 10 jogos de maior superação da história do Corinthians.

Separamos uma lista com os dez jogos de maior superação do clube alvinegro. São partidas grandes, em que o Timão esteve em apuros ou passou por dificuldades, mas mesmo assim venceu os obstáculos.

Jogos difíceis e disputados, em que o Corinthians mostrou em campo o espírito da sua Fiel Torcida e da história do time e surpreendeu positivamente.

Além da superação, foram levados em conta também os fatores importância do jogo na história do Coringão, adversários, favoritismos e também o nível de dificuldade do jogo.

Torcedor alvinegro, mergulhe com o É o Time do Povo nos momentos de glória do Timão. Confira abaixo, por ordem cronológica, o Top 10 jogos de maior superação do Corinthians.

Fluminense 1 (1) x 1 (4) Corinthians – Volta da smifinal do Brasileiro de 1976

O jogo da Invasão Corinthiana no Rio de Janeiro e no Maracanã. O Fluminense era favoritaço, apelidado de Máquina Tricolor, com um time liderado por Rivellino, que tinha deixado o Timão há pouco tempo. Valendo vaga na final, as equipes se enfrentaram no Maraca, que recebeu 70 mil torcedores do Timão.

Em campo, o Corinthians tinha um time modesto, mas guerreiro e empurrado pelo ato de amor coletivo dos torcedores (veja aqui outras loucuras e a história da Fiel). Treinado por Duque, foi a campo com: Tobias; Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir; Givanildo; Ruço e Neneca; Waguinho, Romeu e Geraldão.

O Fluminense abriu o placar com Pintinho aos 18 minutos do primeiro tempo. Mas Ruço fez o gol de empate nove minutos depois. O time da casa pressionou, mas não conseguiu desempatar e o jogo foi para os pênaltis. Rodrigues Neto e Carlos Alberto Torres perderam suas cobranças e o Timão venceu por 4 a 1.

Corinthians 4 x 1 Flamengo – Volta das quartas de final do Brasileiro de 1984

Em tempos de Democracia Corinthiana, o Timão teve como adversário das quartas de final do Campeonato Brasileiro simplesmente o Flamengo, campeões do mundo e do Brasil na década, com Adílio, Júnior e Bebeto. No jogo de ida, Maracanã lotado, o rubro-negro carioca venceu por 2 a 0 e garantiu a vantagem do empate.

Amplamente favorito, o Flamengo já era dado como classificado. Mas na volta, no Morumbi com mais de 120 mil torcedores, o Coringão do técnico Jorge Vieira foi buscar a superação. O time jogou com Carlos; Édson, Mauro, Juninho e Wladimir; Paulinho, Sócrates e Zenon; Biro-Biro, Casagrande e Eduardo Amorim.

Empurrado pela Fiel, o Todo Poderoso só foi conseguir fazer o primeiro gol aos 32 da primeira etapa, com Biro-Biro. Seis minutos depois, outro grande passo para escalar a montanha: Wladimir faz 2 a 0. No segundo tempo, o Corinthians garantiu a vaga: Édson aos 7 e Ataliba aos 14 ampliaram. O Flamengo descontou no fim.

Corinthians 2 x 1 Palmeiras – Volta da final do Paulista de 1995

O ano era 1995 e o Corinthians estava mais uma vez na final do Campeonato Paulista, que não vencia desde 1988. O adversário era o indigesto Palmeiras de Roberto Carlos, Edílson, Rivaldo e Müller. O rival vinha de três títulos seguidos em cima do Timão: os Paulistas de 93 e 94 e o Brasileiro de 1994, e era favorito de novo.

Os dois jogos foram em Ribeirão Preto, com um empate na ida por 1 a 1, com o Palmeiras empatando nos minutos finais. No jogo de volta, o Coringão de Eduardo Amorim entrou em campo com: Ronaldo; André Santos, Célio Silva, Henrique e Silvinho; Zé Elias, Bernardo, Marcelinho e Souza; Viola e Marques.

Equilibrada, a decisão começou sem gols. Na segunda etapa, Nilson abriu o placar para o Palmeiras aos 11. Marcelinho Carioca empatou de falta com cobrança no ângulo quatro minutos depois. O jogo seguiu tenso e foi para a prorrogação. Faltando sete minutos para os pênaltis, Elivélton bateu de fora e fez o gol do título.

São Paulo 2 x 3 Corinthians – Ida da semifinal do Brasileiro de 1999

Em 1999, o Corinthians, que vinha de título do Brasileiro na temporada anterior, tinha o São Paulo no caminho na edição seguinte, como adversário da semifinal. O rival tinha um time forte, com Rogério Ceni, Raí como camisa dez e ataque com França e Marcelinho Paraíba. O Timão era favorito, mas se viu em risco no jogo.

O jogo de ida aconteceu no Morumbi e é para muitos um dos clássicos mais emocionantes do Coringão. O time de Oswaldo de Oliveira tinha Dida; Índio, Márcio Costa, Nenê e Kléber; Rincón, Vampeta, Ricardinho e Marcelinho; Edílson e Luizão. O Corinthians saiu na frente aos 22 do primeiro tempo, com gol de Nenê.

Raí empatou pouco depois e Ricardinho botou o Timão na frente ainda, mas Edmílson igualou o jogo ainda antes do intervalo. Na segunda etapa, outro desempate: Marcelinho fez 3 a 2 aos 6 minutos. O São Paulo veio para cima e dez minutos depois sofreu pênalti. Dida defendeu a cobrança de Raí. Aos 47, no último lance, o mandante teve outro pênalti a seu favor. Novamente Raí na cobrança. Ele muda o lado e Dida pega de novo.

Corinthians 2 x 1 Santos – Volta da semifinal do Paulista de 2001

Após empate na ida por 1 a 1, Corinthians e Santos decidiam vaga na final do Campeonato Paulista de 2001 no Morumbi. O time do litoral tinha nomes como Renato, Rincón, Robert e Dodô e, com melhor campanha na primeira fase, jogava por outro empate para ser finalista.

Vanderlei Luxemburgo mandou a campo um Timão que tinha Maurício; Rogério, João Carlos, Fábio Luciano e Kléber; Otacílio, André Luiz, Ricardinho e Marcelinho; Ewerthon e Paulo Nunes. Para muitos, um dos Corinthians e Santos mais emocionantes (veja lista do É O Time do Povo aqui).

O jogo começa com Dodô e Marcelinho perdendo pênaltis e Renato abrindo o placar para o Santos. Marcelinho empatou antes do intervalo. Parecia que não ia dar. Mas, aos 48, Gil faz jogada pela esquerda e rola para trás. Marcelinho deixa passar e Ricardinho chapa de primeira garantindo a classificação corintiana.

Corinthians 1 x 0 Vasco – Volta das quartas de final da Libertadores de 2012

Outro jogo simbólico de superação da história do Corinthians foi a volta das quartas de final da Libertadores de 2012. O alvinegro paulista tinha como adversário o Vasco, com quem havia brigado pelo título do Brasileiro do ano anterior até o fim da competição, e tinha Juninho Pernambucano, Diego Souza e Alecsandro.

Após empate sem gols no Rio, as equipes se enfrentaram no Pacaembu. Tite foi a campo com: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson. Tenso, o jogo teve Tite expulso e lance capital para o Vasco aos 18 do segundo tempo em erro de Alessandro.

Diego Souza ficou praticamente do meio-campo, sozinho com a bola, mas parou em Cássio, que desviou o chute. Vendo a eliminação de perto, o Corinthians demonstrou superação e fé. Aos 42 do segundo tempo, em escanteio, Paulinho subiu mais alto e fez de cabeça o gol da vitória e da vaga, evitando as penalidades.

Boca Juniors 1 x 1 Corinthians – Ida da final da Libertadores de 2012

Ainda pela inesquecível e inédita Libertadores de 2012, depois de passar como passou pelo Vasco e tirar o Santos de Neymar e Ganso, que era o atual campeão da competição, o Corinthians tinha pela frente na final o gigante Boca Juniors. A partida de ida era no La Bombonera, contra um time comandado por Riquelme.

Com uma pressão absurda da torcida argentina e sua estreia em finais na Libertadores, o Timão de Tite jogou com Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique e Emerson. No primeiro tempo, o Todo Poderoso conseguiu segurar o ímpeto do mandante e um zero a zero.

Na segunda etapa, o Boca veio para cima e o gol parecia inevitável. Roncaglia abriu o placar aos 28. E o time argentino demonstrava que queria mais e o segundo tento parecia próximo. Tite tirou Danilo e colocou Romarinho, estreia dele na Libertadores. Ele recebeu de Emerson e fez de cavadinha o gol do empate aos 40 minutos, calando o La Bombonera. Considerado por muitos o gol mais importante do título da Libertadores.

Corinthians 1 x 0 Chelsea – Final do Mundial de 2012

Campeão da Libertadores, o Corinthians foi disputar o Mundial de Clubes no Japão em 2012, em busca do segundo título. Apesar de ter um bom time e reforçado com o peruano Paolo Guerrero, ninguém apostava no Timão. O Chelsea era favorito e tinha Peter Cech,David Luiz, Lampard, Hazard, Oscar e Fernando Torres.

O Todo Poderoso sofreu para chegar à final, enquanto o time inglês venceu com facilidade, aumentando a desconfiança. Tite entrou em campo com Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique, Emerson e Guerrero. Com a Fiel em peso no Japão, o Timão se superou.

O Chelsea foi superior, mas não conseguia converter as oportunidades, parando sempre nas defesas de Cássio,eleito depois o melhor em campo. O Corinthians passou a jogar com mais calma e a ter suas chances. Até que aos 23 do segundo tempo, Guerrero fez de cabeça após chute de Danilo. Bicampeão Mundial.

Palmeiras 0 x 1 Corinthians – Volta da final do Paulista de 2018

Em 2018, o Corinthians buscava o bicampeonato do Paulista contra o Palmeiras. Com time com Lucas Lima, Moisés, Dudu e Borja, o rival era considerado favorito, mesmo o Timão sendo o atual campeão do estadual e do Brasileiro na ocasião. O que aumentou com a vitória do Palmeiras na Neo Química Arena na ida por 1 a 0.

Na decisão no Allianz Parque, Fabio Carille escalou o Coringão com: Cássio, Fagner, Balbuena, Henrique e Sidcley; Ralf e Maycon, Jadson, Rodriguinho; Romero e Mateus Vital. Parecia difícil, mas com um minuto de jogo após jogada de Mateus Vital, Rodriguinho abriu o placar, calando a torcida do Palmeiras.

O adversário fez pressão em busca do empate e teve pênalti erroneamente marcado a seu favor, que depois foi cancelado pela arbitragem. O Timão se segurou e o jogo foi para os pênaltis, com Cássio pegando a primeira cobrança, de Dudu, e de Lucas Lima. Fagner errou para o Timão, mas Maycon garantiu o título.

Corinthians 0 x 0 Palmeiras – Volta da final do Paulista de 2025

Em 2025, após escapar do rebaixamento do Brasileiro de 2024, o Corinthians não aparecia como favorito do Paulista, mas chegou à final após eliminar o Santos de Neymar, para enfrentar o Palmeiras. O rival de novo como favorito com folga, com time forte que tinha Weverton, Raphael Veiga, Estevão e Vitor Roque.

Na ida, no Allianz Parque, Yuri Alberto fez o único gol do jogo, e deu ao Timão a vantagem do empate em casa para ser campeão – o que não acontecia desde 2019. Mesmo assim, muitos desacreditavam do Corinthians e ainda achavam que o Palmeiras poderia reverter o resultado na Neo Química Arena.

Em campo, Ramón Díaz jogou com Hugo; Matheuzinho, Félix Torres, Gustavo Henrique e Angileri; Raniele, Martínez, Carrillo e Garro; Memphis e Yuri Alberto. Precisando do gol, o Palmeiras atacou mais em um jogo nervoso e marcado por grande festa da Fiel. O placar não saiu do zero, mas foram surgindo obstáculos.

Aos 24 do segundo tempo, pênalti para o Palmeiras. Eis que brilha a estrela de Hugo Neneca, que defende e faz Itaquera ferver e o time renascer. Dois minutos depois, porém, Félix Torres foi expulso, aumentando a emoção. O Palmeiras seguiu tentando, mas parou em Hugo, inspirado, que jogava no sacrifício, com dores.