Início » Na história do Corinthians » Os cinco Corinthians e Santos mais emocionantes da história

Os cinco Corinthians e Santos mais emocionantes da história

Pedro Nogueira Heiderich

Google News Siga-nos no Google Notícias

O levantamento do É o Time do Povo de hoje traz os cinco clássicos entre Corinthians e Santos mais emocionantes da história.

São 353 jogos entre os dois times na história, com 139 vitórias do Todo Poderoso, 102 empates e 112 vitórias da equipe da Vila Belmiro, de acordo com dados do Almanaque do Timão.

Em jogos na Neo Química Arena são oito vitórias do Corinthians, oito empates e duas vitórias do Santos.

Mergulhe na história e relembre momentos marcantes do Timão em clássicos contra o rival do litoral com os cinco Corinthians e Santos mais emocionantes da história.

Abaixo detalhamos como foram as partidas, na ordem das mais recentes para as mais antigas, e recorde a força do time do Parque São Jorge contra a equipe da Vila Belmiro.

Semifinal da Libertadores de 2012

Emerson Sheik calou a Vila Belmiro com golaço de fora da área em jogo emocionante. (Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)

 

O último Corinthians x Santos mais emocionante aconteceu em 2012, pela semifinal da Copa Libertadores. Em 13 de junho daquele ano o Timão enfrentava o atual campeão da competição, o Santos de Neymar, Borges, Ganso, Arouca e companhia. O jogo de ida foi na Vila Belmiro e o corinthiano estava tenso com a partida.

O Corinthians do técnico Tite foi escalado com Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Emerson Sheik e Jorge Henrique. Em uma partida disputada com chances para os dois lados desde o início, mas também marcada pela clima quente e muitas faltas, o Timão saiu na frente.

Emerson Sheik recebeu bola de Paulinho aos 27 do primeiro tempo pelo lado esquerdo do campo. O atacante não titubeou: dominou e bateu de longe na gaveta, surpreendendo a todos e abrindo o marcador. O Santos veio para cima em busca do empate, mas o Timão se defendia e tentava matar o jogo no contra-ataque.

Aos 11 minutos do segundo tempo, o herói quase vira vilão. Emerson Sheik foi expulso após tomar o segundo amarelo. A pressão santista aumentou, mas não foi suficiente – Cássio estava inspirado. A vitória encaminhou a vaga na final e deu ao Timão a vantagem de jogar a volta em casa dependendo de um empate para avançar.

Final do Paulista de 2009

Ronaldo Fenômeno faz gol de placa na Vila e deixava o Timão com a mão na taça. (Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)

 

O ano era 2009. O Corinthians vinha para uma temporada de retorno à elite do futebol e arriscava ao contratar Ronaldo Fenômeno, tido na época como um jogador sem condições físicas. Mas não foi bem assim.

Ronaldo já brilhava, mas guardou o melhor para a ida da final do Timão contra o Santos de Ganso, Neymar e Kléber Pereira, na Vila Belmiro. Em 26 de abril, o Corinthians de Mano Menezes foi a campo com Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias, Douglas e Morais; Jorge Henrique e Ronaldo.

O zagueiro Chicão abriu o placar de falta aos 10 minutos e Ronaldo, de esquerda, ampliou o marcador. No segundo tempo, Triguinho descontou e o Santos começou a pressionar em busca do empate.

Mas aos 31, Ronaldo marcou um golaço antológico. Após receber bola roubada por Elias, o Fenômeno driblou Triguinho com toque de letra e tocou com a canhota de cobertura por cima de Fabio Costa, fazendo o 3 a 1.

Semifinal do Paulista de 2001

Para muitos um dos Corinthians x Santos mais emocionantes é o clássico disputado pela semifinal do Campeonato Paulista de 2001. O Timão havia empatado no jogo de ida por 1 a 1. Como o Santos tinha a melhor campanha, jogava por outro empate na partida de volta disputada no Morumbi no dia 13 de maio.

O Santos tinha um meio forte, com nomes como o ex-Corinthians Rincón, além de Renato e Robert, e um ataque com Dodô e Deivid. O Corinthians de Vanderlei Luxemburgo foi escalado com Maurício; Rogério, João Carlos, Fábio Luciano, Kléber, Otacílio, André Luiz, Ricardinho, Marcelinho Carioca, Ewerthon e Paulo Nunes.

Mais de 54 mil torcedores acompanharam o jogo no Morumbi, que começou com Dodô batendo pênalti para o Santos na trave aos 19 minutos e Marcelinho fazendo a mesma coisa em pênalti para o Corinthians pouco depois. O Santos cresceu e abriu o placar com Renato, mas Marcelinho Carioca empatou ainda no primero tempo. Aos 43 do segundo tempo, Galván foi expulso e o Santos ficou com 10.

Nos acréscimos, quando parecia que não ia dar mais, o atacante Gil, que havia entrado no lugar de Paulo Nunes, faz jogada pela ponta esquerda na linha de fundo e rola rasteiro para trás. A bola vem para Marcelinho, que deixa ela passar para Ricardinho bater de primeira no canto do gol para a loucura da Fiel.

Semifinal do Brasileiro de 1998

Em 9 de dezembro de 1998, o Corinthians de Marcelinho Carioca e Edílson treinado por Vanderlei Luxemburgo pegava o Santos na semifinal do Brasileiro. O time do litoral havia vencido a primeira partida, na Vila Belmiro, por 2 a 1, e o Timão venceu no Pacaembu, por 2 a 0, levando a decisão para o terceiro jogo.

Com a melhor campanha na primeira fase da competição, o Corinthians tinha o mando de casa na terceira partida e jogava por um empate. Em um Pacaembu lotado, o Todo Poderoso foi a campo com: Nei; Índio, Batata, Gamarra e Silvinho; Gilmar, Rincón, Vampeta e Marcelinho Carioca; Edílson e Didi.

O Santos tinha como destaques Viola ex-Corinthians, o goleiro Zetti, além de Robson Luís e Alessandro. Em um jogo emocionate no Pacaembu, quem abriu o placar foi o Santos, com Viola, no fim do primeiro tempo.

O Timão foi para cima em um jogo tenso. Aos 38 minutos do segundo tempo Viola foi expulso e deixou o Santos com um a menos. Três minutos depois, brilhou a estrela de Edílson. Ele recebeu bola rasteira de Índio na área, tirou o zagueiro Argel com um toque de letra e bateu no canto do gol para garantir o Timão na final.

Fim do tabu no Paulista de 1968
Em tempos de Pelé, Timão pôs fim a 11 anos sem derrotar o Santos. (Foto: Arquivo Corinthians)

 

Em jogo válido pelo Campeonato Paulista de 1968, em tempos do Santos mais forte da história liderado por Pelé, o Corinthians colocou fim a uma tormenta que durava mais de uma década.

O Timão não vencia o Santos pelo torneio estadual desde 1957.  Levando em conta todas competições, o Todo Poderoso tinha vencido o alvinegro praiano pela última vez em 1962, como detalha o site do Cornthians.

Diante de mais de 43 mil pagantes no Pacaembu, o Corinthians do técnico Lula foi a campo com: Diogo; Osvaldo Cunha, Ditão, Luís Carlos e Maciel; Édson Cegonha, Rivellino, Buião, Paulo Borges, Flávio e Eduardo, contra um Santos de Pelé, Edu, Toninho Guerreiro, Carlos Alberto Torres e Clodoaldo.

O primeiro tempo truncado terminou sem gols. No segundo tempo Aos 13 minutos, Paulo Borges acertou chute de fora da área para fazer 1 a 0 para o Timão. Pelé e companhia tentaram reagir, mas aos 31 minutos Flávio matou o jogo após receber dentro da área, tirar o marcador e bater para o gol: 2 a 0 e fim do tabu.