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Um dos maiores ídolos da história do Corinthians está convencido. Convencido de que, em pouco mais de dois anos de trabalho, Tite fez o bastante para virar unanimidade.
Em entrevista à PLACAR, Rivellino não parece preocupado em cravar: Tite é o maior técnico que já passou pelo Timão. Além disso, o eterno Reizinho do Parque elogia a postura ‘agigantada’ do Corinthians ante o Chelsea, na final do Mundial de Clubes; corneta Douglas, a quem considera não ser, ainda, o nome ideal para a camisa 10 da equipe; projeta o ano de 2013 para o agora campeão sul-americano e mundial e até esfrega as mãos para a possível chegada de Alexandre Pato: “É um jogador extraordinário.”
Muito se falou sobre o fato de o Corinthians ter enfrentado o Chelsea de igual para igual, jogando e deixando jogar, algo pouco visto no confronto entre sul-americanos e europeus em edições anteriores do Mundial. Concorda com esse ponto de vista?
O Corinthians jogou dentro de suas características. Foi assim também no Brasileiro-2011 e na Libertadores-2012. É um time de contra-ataque, com um sistema defensivo compacto. A diferença foi a entrada do Guerrero, um jogador que não existia (nas campanhas do Brasileiro e da Libertadores). Se contra o Chelsea o Corinthians mudasse a sua forma de jogar, se ficasse encolhido em campo, poderia perder.
Qual é o real peso desse título mundial na história do Corinthians?
Enorme. Em 2000, o Corinthians foi campeão mundial, mas não teve aquele percurso da Libertadores. Agora, o mundo passa a conhecer muito mais o Corinthians. Fora isso, o torcedor mostrou que é fiel. Que time leva quase 30 mil torcedores ao Japão? É uma coisa de louco!
Acha que o Douglas, sacado na final do Mundial, é o camisa 10 ideal para o Corinthians?
Até hoje o Douglas não mostrou que pode ser esse cara. (Na final do Mundial) foi uma mudança tática. Se o Douglas fosse o cérebro, o craque do time, acha que o Tite o tiraria? Falta ao Douglas assumir a responsabilidade. Quem jogou uma enormidade foi o Danilo. Ele está sempre presente nos momentos certos. Não perde uma bola.
Corinthians e Tite têm acordo até dezembro de 2013. Com os recentes títulos, crê que esse acordo poderia ser mais longevo, como acontece com alguns técnicos na Europa?
Primeiramente, tem de parabenizar o Andrés Sanchez (presidente do Corinthians de 2007 a 2012), que bancou o Tite quando todo mundo pedia a saída dele. O Tite já é o maior técnico da história do Corinthians. Ele é dos poucos técnicos que ganha jogo. O que ele fala, o time faz. Ele é merecedor de tudo isso que vem acontecendo. O Tite tem que continuar com o seu trabalho por muito mais tempo. É preciso também manter o grupo. A partir de agora, a cobrança será maior. A exigência no Corinthians sempre existe. Tem que seguir o exemplo do Barcelona, que mantém os seus jogadores e está sempre querendo mais.
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| Tite confia na manutenção do elenco para levantar mais taçasMauro Horita / Gazeta Press |
Então o time deve seguir faminto em 2013?
Não pode se acomodar. Tem que buscar mais coisas, sempre. (Em 2013) tem estádio novo, já tem um puta centro de treinamento. O Corinthians é agora modelo, como foi o São Paulo há alguns anos, que sempre corria na frente dos concorrentes.
Alguns desses jogadores que foram campeões mundiais no último domingo podem compor o melhor Corinthians de todos os tempos?
Difícil dizer. Tem o Paulinho, o Sheik, o Danilo, o Cássio, que fez defesas maravilhosas. Amanhã, quem sabe, um desses jogadores pode ter a chance de figurar no melhor Corinthians de todos os tempos.
O Corinthians já fechou com o Renato Augusto e pode anunciar Alexandre Pato nas próximas semanas. Vê com bons olhos a chegada de reforços desse nível para 2013?
Sou a favor da chegada de mais gente. O Fluminense provou isso em 2012. Tinha um plantel cheio, com jogadores que seriam titulares em muitas equipes do Brasil. O Renato Augusto eu não tenho acompanhado, mas o Pato, se for contratado, é um reforço extraordinário. O problema é que ele se machuca demais. Joga uma partida e para por dez. Tem que vir para contribuir. É importante que jogue, porque ele é caro.
Fonte: Placar
