O gol da vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, sábado, em Itaquera, fez Vagner Love acordar sorridente para treinar, mesmo em uma manhã fria e chuvosa como a desta segunda-feira. Feliz com seu novo momento no Corinthians, o centroavante mostrou uma confiança que ainda não havia externado em seis meses de clube. Agora, ele se diz pronto para ser titular.
Love foi o escolhido para a entrevista coletiva desta segunda-feira, no CT Joaquim Grava, e por várias vezes repetiu que aguarda uma sequência de jogos com o técnico Tite. O próximo jogo do Corinthians é contra o Santos, sábado, na Vila Belmiro.
– Estou esperando meu momento, e agora é esperar o Tite escalar o time. Espero que no próximo jogo eu possa entrar desde o início da partida, até para eu ter uma sequência de jogos e fazer coisas boas para o Corinthians – disse Love.
O atacante está tão confiante que nem se importa em herdar a camisa 9, utilizada por Paolo Guerrero nos últimos três anos. Após a saída do peruano para o Flamengo, o número ficou vago. Love, atualmente, usa o número 31.
– Não pensei em pedir a 9, mas se quiserem me dar não tem problema algum (risos). Estou à disposição – brincou o atacante.
Love tem três gols com a camisa do Corinthians e espera fazer mais pelo clube. Na entrevista, ele também falou sobre a possibilidade de o Timão contratar mais atacantes, assegurou estar em sua melhor forma e se disse preparado para as novas responsabilidades na equipe.
Confira abaixo as principais respostas de Love:
Gol dá confiança?
– Quando você faz o gol e ajuda o time de alguma forma, fica mais à vontade para jogar. Isso dá uma confiança maior para trabalhar durante a semana.
Críticas na chegada ao Corinthians
– Eu sabia da cobrança, sabia que estaria sujeito a críticas. Quando eu cheguei, não estava 100%, não estava tão bem. Mas também não estava tão mal quanto dizem. Tive um tempo para poder trabalhar, treinar, melhorar minha forma física. Eu me cobro muito, e sei quando estou bem fisicamente as coisas acontecem.
Sequência de jogos
– Qualquer jogador precisa jogar para adquirir o ritmo. Não adianta só treinar e treinar. Lutamos muito nos treinos, mas no jogo é totalmente diferente. Se o Tite me der a oportunidade de entrar nos próximos jogos, certamente vou pegar o ritmo mais rapidamente.
Fez um gol típico de centroavante?
– Fiz um gol de centroavante, estava esperto, atento, o Renato Augusto fez uma excelente jogada, 99% do gol foi dele. Mas foi bom, foi um gol de centroavante mesmo. Isso é muito bom.
Pressão de substituir Guerrero
– Todo mundo tinha consciência dessa pressão. Entrar no lugar de um Guerrero, de um Sheik, a pressão vai ser sempre grande. Todos sabem disso. Temos de tentar entrar e fazer o melhor, porque não temos mais os dois. Foram grandes perdas que o Corinthians teve, mas agora temos de procurar jogar e lidar com essa pressão.
Entrosamento com Renato Augusto
– Ele pode apostar as fichas em mim (risos). Ele é um amigão, conheço ele há anos, convivemos juntos. Ele falou que apostaria todas as fichas em mim como se fosse jogo de pôquer. Pode ter certeza de que ele vai se dar bem.
Fonte: Globo Esporte