Na tarde desta terça-feira, o técnico Tite concedeu uma entrevista coletiva direto do estádio Parque Central, em Montividéu, local do primeiro jogo das oitavas de final, na qual explicou seus critérios para definir a nova escalação que será usada contra o Nacional-URU. Angel Romero, artilheiro do Corinthians no ano com 9 gols, ainda não assumi a posição de titular. Segundo Tite, a função do paraguaio é atuar como um atacante mais avançado, não se encaixando na formação de jogo corinthiana. Para ele, Angel Romero pode servir como ponta ou como referência no ataque, mas não como meio campo. Por isso, o treinador prefere manter o desenho tático tradicional.
“Meu sentimento é sim (Romero ser titular). Pensei em trocar sistema tático e colocar três atacantes, mas que coerência tem um técnico que troca um sistema em que o jogador fez sua melhor atuação? Tu transformaria 4-1-4-1 em 4-3-3, e me faço essas questões. Ele briga com André e Lucca, mas fica o sentimento de poder utilizá-lo”, explicou o comandante.
Depois de confirmada a lesão de Giovanni Augusto, após a partida contra o Red Bull Brasil, pelo Campeonato Paulista, o meia Alan Mineiro ganhou a disputa por um lugar no time. Na visão de Tite, Alan pode atuar muito bem como no meio, e não no ataque, como é o caso de Romero. Por isso, no esquema 4-1-4-1, o camisa 29 segue como titular pela ponta direita, assim como foi na partida contra o Audax, no último fim de semana.
“Ele construiu isso através do seu trabalho, as outras partidas que jogou e jogou bem, reconhecido por seu técnico e por vocês (imprensa). Se um atleta não pode cair o seu rendimento ele não é humano. Ele tem qualificação técnica para retomar a fase dele. Se ele já não tivesse produzido, jogado bem, não estaria aqui”, destacou o treinador.
A única mudança em relação ao último jogo é a entrada de Rodriguinho no lugar de Guilherme. Tite disse que a a troca foi feita por méritos do camisa 26 e também do meia Elias, e não por demérito de Guilherme, agora opção no banco de reservas.
“A mecânica da equipe atingiu sua qualidade com quatro jogadores no meio de campo e dois atacantes. Nessa composição tem Elias, Rodrigo, Guilherme e Bruno Henrique, e mais um articulador, um de flutuação do lado. Machucou Elias, retornou, Rodrigo machucou, retornou. Dos três eu tinha que optar por dois, e essa foi a escolha. Às vezes tu não sai do time porque está mal, e sim porque outros estão melhores. Foi assim com Rodrigo e Elias em relação ao Guilherme. Eles atingiram nível de atuação maior e existe uma rotina de função em que precisamos ter paciência com ele – disse, sobre a adaptação de Guilherme ao time do Corinthians e a opção pela troca”, concluiu.