POR: Julian Goulart
Diego Tardelli Martins, mais conhecido como Diego Tardelli, é paulistano natural de Santa Bárbara d´Oeste. Nasceu no dia 10 de maio de 1985. Atacante chegou ao São Paulo F.C em 2003 para integrar as categorias de base do São Paulo. Lá, alcançou o vice-campeonato da Copa São Paulo de Juniores no ano de 2004, sendo superado pelo Timão.
Mostrando velocidade e boa precisão nos arremates, ganhou oportunidades no ataque da equipe principal do São Paulo em 2005, sob o comando de Émerson Leão. Tornou-se peça fundamental para a equipe que conquistou o Campeonato Estadual. Fora isso, foi o artilheiro da competição com 12 gols.
Leão optou por deixar o Tricolor e partir rumo ao futebol japonês. Quem imaginou que o desempenho de Tardelli seria afetado, cometeu um equívoco. Diego foi também decisivo na conquista da Copa Libertadores da América, entrou no segundo tempo no lugar de Amoroso e fez um dos gols na 2º partida da final; aos 44 min do 2º tempo, em vitória por 4 a 0 diante do Atlético-PR.
O ano marcou a convocação para a Seleção Brasileira, que disputou o Campeonato Mundial Sub-20 nos Países Baixos. Mesmo com a 3ª colocação brasileira no torneio, Tardelli foi considerado um dos destaques do torneio.
Nem só de bons momentos foi o ano de 2005. Diego não esteve presente no elenco formado por 25 atletas que conquistou o Mundial de Clubes diante do Liverpool. Vetado pelo então presidente Marcelo Portugal Gouvêa (In Memorian) devido a uma indisciplina do atleta. Até hoje não foi confirmado o real motivo.
Por optar com diversas opções para o setor: Aloísio, Amoroso, Grafite, Luizão, Roger, entre outros. Diego Tardelli partiu para o Real Bétis-ESP. O São Paulo lucrou 300 mil euros (aproximadamente R$ 789 mil na época) com a negociação.
Na equipe espanhola atuou em 12 partidas e não marcou um gol sequer. Retornou ao São Paulo e foi repassado ao São Caetano em 2006. No Azulão estava Emerson Leão, treinador que revelou o atleta. Após sete partidas e um gol, desligou-se do Azulão, dessa vez rumo ao PSV Eindhoven.
No tradicional clube holandês, reencontrou o bom futebol, marcou três gols em 13 partidas, deu assistências e conquistou o Campeonato Neerlandês pela temporada 2006-07.
Retornou novamente ao São Paulo e conquistou o Campeão Brasileiro de 2007. Após 139 jogos e 39 gols (2003-2007) deixou o Tricolor em janeiro de 2008. A negociação rendeu um milhão de dólares aos cofres são-paulinos, e a equipe paulista tendo direito à 20% do valor de uma futura negociação. O contrato firmado com a equipe carioca foi de cinco anos.
Na Gávea, conquistou o Campeonato Carioca e a Taça Guanabara de 2008. Após um ano, partiu para o Atlético Mineiro. Para os cofres da equipe carioca, a venda dos 50% dos direitos federativos do atacante rendeu 300 mil reais do Galo, a transferência da dívida de 400 mil reais que tinha com o São Paulo e ainda teve quitada uma dívida de 440 mil euros referentes à aquisição do goleiro Bruno, totalizando R$ 1,72 milhão.
No Atlético, Tardelli reencontrou Emerson Leão e teve enfim, um grande destaque no futebol nacional, formando ataque com Eder Luís (atualmente no Vasco). Ele conquistou o Campeonato Mineiro de 2009, o Prêmio Arthur Friedenreich (para o maior artilheiro da temporada), combinado do prêmio de melhor “primeiro atacante” do Campeonato Brasileiro de 2009.
Em 30 de outubro de 2010, Tardelli recebeu uma placa pela marca de 100 partidas com a camisa atleticana.
No dia 8 de março de 2011 foi negociado com a sensação do futebol russo, o Anzhi Makhachala que contratou renomados atletas: Jucilei, Zhirkov, Roberto Carlos e Samuel Eto´o, por 5 milhões de euros, aproximadamente R$ 11,5 milhões, em contrato válido por 4 temporadas.
Pouco mais de sete meses, Tardelli deixou o Anzhi sem títulos e sem gols (14 jogos- 0 gol) e foi para o Al-Gharafa por 4 milhões de euros. Após a conquista da Copa Emir: 2012 e 28 jogos e 15 gols em duas temporadas, optou por se desligar da equipe catariana. Em 31 de janeiro de 2013 não foi incluído na lista de estrangeiros da equipe do Catar. Treinava em separado.
O ídolo atleticano voltou. No Twitter do presidente Alexandre Kalil estava um post e a confirmação: “Diego Tardelli é do Galo!”.
O valor da negociação foi de R$ 5,25 milhões aos cofres do clube mineiro. Bons frutos renderam a equipe. Tardelli formou o quarteto de ataque com Bernard, Jô e Ronaldinho, que conquistou a inédita Copa Libertadores da América de 2013. Tardelli foi o vice-artilheiro da competição com seis gols.
Diego também conquistou o Campeonato Mineiro de 2013, Copa do Brasil 2014 e a Recopa Sul-Americana, também em 2014. Novamente foi convocado para a seleção brasileira e atuou em 14 partidas com dois gols marcados. Conquistou o título do Superclássico das Américas em 2014 diante da Argentina. 2 a 0 no placar. Dois gols dele.
Em 17 de janeiro de 2015, o atleta foi para o futebol chinês, para o Shandong Luneng por 5,5 milhões de euros. Na China, já disputou 43 jogos e marcou 13 gols, e não conquistou nenhum título.
Fato inusitado: Em 06 de julho de 2015 ganhou a eleição de maior mercenário do Futebol Mundial (2011-2015) pela revista francesa France Football. A publicação destacou que o então camisa 9 da Seleção Brasileira é a “espécie de melhor pedigree” e que o avante gosta de dinheiro e mostra isso, indo para países como Catar, China e Rússia.
Confira o link: https://www.francefootball.fr/news/Les-sept-plus-grands-mercenaires-depuis-2011/571697
CAIRIA BEM NO TIMÃO:
Apesar das críticas francesas, Tardelli mostra-se uma opção interessante ao Corinthians, visto que é de fácil adaptação ao ataque. Atua por ambos os lados do campo, sabe ser centroavante e recompor rapidamente no meio-campo. O meia Elias, sendo cada vez mais cotado no futebol chinês, na mesma equipe de Diego, o Shandong Luneng, seria bom nome para uma troca entre ambos. Especulações em torno do assunto ganham força internamente.
Corinthians: Ganharia um titular indiscutível para o ataque.
Diego Tardelli: Estaria mais em evidência para a Seleção Brasileira de Tite
Elias: Respiraria novos ares acrescido de um aumento significativo em seus rendimentos
Shandong Luneng: não excederia a cota de estrangeiros.
Em tempos que almejamos um futebol atrativo e moderno, Tardelli torna-se uma opção interessantíssima para o Timão.