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Prior tem dois processos por estupro e um por tentativa

Danilo Vieira Andrade

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Felipe Prior, do BBB, é acusado de estupro / Foto: Divulgação

A sexta-feira (03) iniciou de uma maneira diferente para Felipe Prior, participante do Big Brother Brasil de 2020. O protagonista do paredão com o maior número de votos da história do reality (1,5 bilhões) e em plena ascensão de seguidores nas redes sociais (quase 6 mi no Instagram) teve três processos vazados pela imprensa. As acusações? Dois estupros e uma tentativa.




A primeira acusação é de uma garota que esteve com Prior nos jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo, a famosa InterFAU. O crime teria ocorrido em 9 de agosto de 2014, como relata a vítima. Prior a teria levado em seu carro para a casa, mas após deixar uma amiga no caminho, parou o carro em determinado local e ali cometeu o crime.

Em processo protocolado no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal em 17 de março de 2020, a vítima relata que Prior tirou a sua roupa e, aproveitando de sua embriaguez, cometeu o crime. “Para de ser fresca, no fundo voce? quer, na?o e? hora de se fazer de difi?cil”, relata a vítima de nome não revelado.

O estupro causou um ferimento de “cerca de três dedos” na genital da vítima e chegou ao músculo. “Tudo para mim se resume a uma grande agonia no peito. Simplesmente coloquei a violência que sofri debaixo do tapete por seis anos. Achei que não lidando com ela, sumiria em mim. Atrasei dois anos da minha faculdade por causa do estupro. Tranquei todas as matérias do curso porque vê-lo todos dias era torturante. Ele é um cara impulsivo, agressivo. O que mostrou no BBB não chega perto do que é na vida real. Tenho medo do que pode fazer, mesmo diante de uma acusação formal, com advogada e tudo. Mas não posso mais guardar esse mal para mim”, disse a garota.

O outro caso aconteceu tamvém no InterFAU, mas o de 2016, na cidade de Biritiba Mirim. A vítima de 24 anos, de nome mantido em sigilo, afirma que Prior aproveitou de sua embriaguez para levá-la a barraca e tentou fazer sexo anal sem consentimento. Após lutar com o ex-participante do BBB, ela conseguiu escapar e fugir do local.

“Quando começou o BBB, vi um tuíte de uma garota que dizia que o Felipe tinha fama de assediador no Mackenzie. Foi quando entendi que a violência que sofri não era única. Mandei uma mensagem para garota e disse a ela que se aparecessem mais vítimas, me manifestaria. Dessa forma encontrei Themis, que me contou que além do estupro, tinha um boletim médico comprovando a laceração em seu genital”, disse a vítima.

No InterFAU de 2018, Prior novamente atacou. A vítima de 23 anos relata que Felipe aproveitou de sua embriaguez para desrespeitá-la. Os dois fizeram sexo consentido na barrada dos jogos universitários, mas em determinado momento o rapaz passou a ser agressivo. A moça pediu para que ele parasse, mas o ex-BBB desferiu tapas em seu rosto e corpo e a imobilizou no chão. Ela conseguiu fugir após Prior dormir.

“As meninas que moram comigo gostam de assistir BBB. Imagina ter que ver a cara dele todo dia? Mas ao mesmo tempo foi importante para que eu pensasse no passado. Eu achava que ia superar através do esquecimento. E vê-lo na TV me despertou muitos gatilhos e medo de me relacionar com homens”, relata a jovem.

Prior foi proibido de ir aos jogos universitários pela comissa?o organizadora da InterFAU. “Temos ciência do que está acontecendo e nos pronunciaremos no momento certo”, disse a InterFAU. (veja abaixo)

Caso seja culpado nas acusações, Felipe Prior pode responder por crime de estupro (artigo 213 do Código Penal) e pegar de seis a 12 anos de prisão.

Procurado pelo reportagem da revistamarieclaire, Prior não respondeu as acusações.

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