Talvez seja exagero relacionar o que aconteceu ontem, no treino, com o descontrole geral na comédia “Apertem os cintos… O piloto sumiu!”, de 1980, mas chega a ser cômica a mudança de postura de Emerson, depois que ele perdeu a posição para Pato, no time titular.
Herói inesquecível da Libertadores, com dois gols na final contra o Boca, Sheik deitou em berço esplêndido com o título que nem Ronaldo, Marcelinho, Neto, Rivelino e companhia ilimitada conseguiram em mais de cem anos de história.
Natural até pensar – ou falar, como falam vários torcedores – que, aconteça o que acontecer no próximo milênio, Emerson tem reservado seu lugar no olimpo da Fiel.
Pode perder pênalti em final contra o Palmeiras, defender camisa rival, ou até chegar ao cúmulo de dizer que a torcida do Corinthians nem é tudo isso… Mas será sempre o “favelado” (como ele se definiu em Buenos Aires) que libertou os milhões de corintianos.
Sheik só não pode é esquecer que Tite, Cássio, Chicão, Alessandro, Danilo e outros (também heróis) continuam com sede. Essa sede que o fez despertar e jogar nos últimos dois jogos o que não vinha jogando. As botinadas do treino são reprováveis, mas não graves. Melhor é ver que “o cara” acordou.
Fonte: lancenet