Emerson Sheik observa cobrança de
falta de Alexandre Pato
Crédito: Tom Dib
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Emerson é uma bomba difícil de ser desarmada no Corinthians. Em campo, o atacante costuma se doar muito e foi o herói da Libertadores. Fora dele, porém… Com problemas disciplinares, o Sheik começa a perder moral no clube e a diretoria não descartaria uma ajuda do Oriente Médio para impedir que essa bomba exploda.
As questões extracampo do atleta começam a passar dos limites. Como se não bastassem os aborrecimentos com a Justiça, que já o fizeram perder foco no trabalho, há os constantes atrasos nos treinos e as lesões não menos frequentes.
No Oriente Médio, ele é rei — não à toa, recebeu o apelido de Sheik quando retornou ao futebol brasileiro. Além disso, tem cidadania catariana e é adorado pelos xeques do país. Assim, uma nova proposta tentadora vinda de lá resolveria todos os problemas: o jogador ganharia muita grana e seria titular absoluto em qualquer equipe do Catar e o Timão, apesar de perder uma boa peça, ficaria livre das dores de cabeça com Emerson.
“O mundo árabe certamente virá atrás dele em maio e junho. Tenho certeza de que aparecerá coisa boa, como já aconteceu em dezembro”, disse o agente do atacante, Reinaldo Pitta.
No fim de 2012, o Sheik recusou uma proposta do Al-Sadd na qual embolsaria, só de salário, R$ 3 milhões por mês. Na época, titular absoluto, ele desejava disputar o Mundial de Clubes e ficar mais perto do filho. Agora, esquentando o banco, uma oferta semelhante poderá ser vista com outros olhos.
Sem loucuras/ O Corinthians não tem cometido loucuras para segurar gente que já brilhou no clube, mas entrou em declínio. Liedson, destaque do Brasileirão 2011, é o maior exemplo disso. Como o atacante caiu de produção no ano seguinte, o Timão não fez esforço algum para renovar seu contrato.
Alguns dirigentes corintianos já perderam a esperança com Emerson. Um deles, inclusive, aposta que o atacante aparecerá em breve com uma proposta. “Sempre que ele vai para o banco, diz ter um clube interessado nele”, afirma.
Confira a entrevista com Reinaldo Pitta, Agente de Emerson
‘O Emerson está triste por problemas extracampo’
DIÁRIO: Durante o jogo contra o Millonarios, quando ficou no banco, Emerson expressou para os fotógrados sua insatisfação. Como você vê isso?
REINALDO PITTA_ Não fiquei sabendo disso. Inclusive, falei com ele no dia seguinte e o senti seguro de que vai virar titular.
Ele não se mostrou irritado?
O Emerson está triste por problemas extracampo. Estão dizendo que ele vai ser preso, mas a verdade é bem diferente: o Ministério Público pediu sua condenação (por ter comprado dois carros contrabandeados). Entre pedir a condenação e ser preso há distância gigante.
O Emerson tem alguma proposta no momento?
Agora, agora, não. Até porque os mercados estão todos fechados no exterior e ele está focado na Libertadores.
Você acha que deixar o clube seria bom para ele?
Precisamos ver daqui a uns três meses, para saber como vai estar a situação dele no Corinthians. Clube interessado nele certamente haverá.
Concorda com a multa pelos atrasos aplicada pelo Timão?
Se ele errou, tem de aceitar a multa. Faz parte do futebol.
Diretoria do clube se irrita com comportamento de ‘juvenil’
Diretoria e comissão técnica fazem de tudo para evitar crises no elenco. Não à toa, apesar de jogadores consagrados ficarem no banco de reservas, não se teve notícia de um grande problema no grupo. Justamente por esse motivo, o comportamento de Emerson vem incomodando.
Dirigentes já se cansaram de dar puxões de orelha no atacante e, aparentemente, multá-lo não tem surtido o efeito esperado.
“O Emerson, às vezes, tem comportamento de juvenil. Você fala uma vez, duas e os problemas voltam a acontecer”, disse um membro da diretoria corintiana que pediu para não ser identificado. “Não dá para reclamar de nada quando ele está aqui. Sempre se doa e se dedica. Mas as atitudes que toma fora de campo acabam irritando”, emendou.
Fonte: Diário de SP