Renato Augusto vira ‘técnico’ em campo

Danilo Vieira Andrade

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Edilson Dantas/Diário SP

Os jogadores que atuam no ataque são muito mais conhecidos por sua qualidade técnica e irreverência do que pelo conhecimento tático. Em geral, atacantes e meias são responsáveis pelo talento, enquanto volantes, zagueiros, laterais e goleiros costumam entender mais de tática. Não à toa, a maioria dos ex-jogadores que se tornaram treinadores de sucesso atuava do meio para trás. Felipão, Luxemburgo, Abel Braga, Tite, Guardiola…

Mas, como toda regra, essa também tem exceção. No Corinthians, um dos jogadores que melhor enxergam a parte tática do jogo também é um dos que mais têm talento.

Destaque da vitória sobre o Tijuana, Renato Augusto faz muito bem a leitura do time em campo. Consegue até debater com o técnico Tite e convencê-lo de suas ideias.

Contra o São Caetano, o time perdia e o comandante pediu para que Paulinho atuasse de lateral-direito. Renato percebeu o colega cansado e se ofereceu para cumprir a função. Tite consentiu . Contra o Santos, o técnico o orientou a trocar de posição com Sheik, que atuava aberto pela direita, mas Renato pediu para continuar na esquerda porque sentia que levaria vantagem sobre Galhardo.

“Às vezes, o treinador pede para fazer algo e você vê de forma diferente dentro de campo, mas a palavra final é dele”, diz Renato. Tite encara isso com naturalidade. Sempre aberto ao diálogo, o técnico gosta de jogadores que conversam durante a partida. “Ele disse que tinha gostado da minha forma de ver o jogo”, completa o meia.

Boa escola/ Renato deixou o Flamengo ainda novo e, nos quatro anos em que defendeu o Bayer Leverkusen, desenvolveu o senso tático. “Evoluí bastante no futebol alemão. Não tinha essa consciência tática e acabei aprendendo a entender melhor o jogo”, conclui o “técnico” do Timão dentro de campo.

Fonte: diário de sp