Com Paulinho mais à frente, Corinthians melhora e chuta mais a gol

Danilo Vieira Andrade

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Paulinho comemora gol do Corinthians contra o Santos na final do Campeonato Paulista | Lenandro Moraes/UOL Esporte
Depois de dois jogos cumprindo uma função mais defensiva, Paulinho foi à frente e mostrou o futebol que o consagrou nos dois últimos anos. Mais avançado, o camisa 8 ajudou o Corinthians a crescer ofensivamente, chutar mais a gol e deu um alento à torcida antes da decisão da próxima quarta, quando decide a vaga nas quartas da Libertadores contra o Boca, no Pacaembu.
Diante do Santos, o volante marcou um dos gols da vitória por 2 a 1 e foi fundamental na atuação dos atuais campeões mundiais, que perderam várias chances e saíram lamentando a diferença de um só gol. Paulinho foi responsável por cinco dos 13 chutes que o Corinthians deu a gol, segundo dados doDatafolha.
Neste ano, ele só tentou mais finalizações em uma oportunidade. Contra o São Caetano, no início do Paulista, o Corinthians perdia por 2 a 1 no Pacaembu e fez muita pressão no rival. Na ocasião, Paulinho tentou nove finalizações e acertou duas, sendo que uma delas resultou no gol que garantiu o empate.
Contra Boca e São Paulo, a equipe alvinegra tentou cinco e três finalizações, respectivamente. Não por acaso, o resultado foi abaixo do esperado. Na Argentina, o Corinthians perdeu por 1 a 0 para os argentinos na Bombonera, pelas oitavas da Libertadores. No Morumbi, o 0 a 0 sofrível do tempo normal rendeu a classificação à final nos pênaltis.
Na última segunda, Paulinho admitiu que vinha sendo usado em uma função mais defensiva, embora não tenha concordado com as críticas que recebeu. “Cada um tem sua opinião e eu respeito. Sempre disse que minha primeira função era ajudar lá atrás. Pode ser [que as críticas tenham surgido] por duas ou três partidas que fiquei mais recuado. Se for pra ficar todos os jogos marcando, eu fico. Meu objetivo não é fazer gols toda hora, é jogar bem e vencer as partidas”, disse o jogador.
Outro item que mostra a importância do crescimento de Paulinho para o Tite é o número de cruzamentos certos da equipe para a área rival. Somados os números dos confrontos com Boca e São Paulo, foram três bolas alçadas na área rival. Contra o Santos, com um Paulinho mais participativo na armação, foram 13.
“Muita gente diz que sou o termômetro do time, mas não estou de acordo com isso. Vou bem quando o time vai muito bem, que foi o que aconteceu ontem [domingo]. Conseguimos fazer um grande resultado. Muita gente falou pra eu ter um pouco mais de liberdade, mas depende muito da equipe adversária”, disse Paulinho. 
Fonte: uol