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Mauro relembra Libertadores 2012: “Emoção indescritível”

Danilo Vieira Andrade

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Com oito vitórias e seis empates, o Timão conquistou o título
de forma invicta | © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Observador técnico do time profissional de futebol do Corinthians, Mauro sabe o que é conquistar um título inédito pelo clube. Ele era o ponta esquerda da equipe que conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro para o alvinegro, em 1990. Também disputou uma Libertadores, em 1991, sendo eliminado exatamente para a equipe que seria a adversária no título sul-americano inédito e invicto no ano passado: o Boca Juniors. Com a experiência adquirida no tempo dos gramados, Mauro é mais um dos que falam que não havia como o time deixar de ganhar a Libertadores 2012. A sede de vitória dominava cada pessoa envolvida com o futebol.
‘A gente sentia na cara, na palavra e no semblante dos atletas que nós não perderíamos aquele título. Aquele grupo foi muito bem montado e preparado desde a conquista do Brasileiro, em 2011. O Tite passou uma mensagem para cada integrante do elenco desde o início da campanha de que a conquista da Libertadores era possível, e os jogadores acreditaram naquilo. Ele também pedia para que todos nós da comissão técnica disseminassem aquela mensagem’, contou Mauro.
Com a função de observar os próximos adversários do Corinthians em todas as competições que o clube disputa, Mauro chegou à Argentina antes de todos os outros integrantes do elenco. O clima de decisão existia, estava no ar, mas o observador técnico estava tranquilo para o primeiro jogo na Bombonera. Graças à segurança que tinha na qualidade da equipe e um fato ocorrido no fim de semana anterior à partida de ida da decisão da Libertadores.
‘A equipe estava muito concentrada, mas acho que aquele jogo contra o Palmeiras, pelo Brasileiro, deu muita moral para todo mundo. Ali deu para sentir a força do grupo, já que o time foi mesclado, e ganhamos um clássico de virada. O conjunto estava muito forte’, declarou.
Na Argentina, Mauro presenciou de perto toda a segurança dos jogadores de que nada os atrapalharia de chegar ao objetivo final. ‘Na nossa chegada à Bombonera, o motorista do ônibus teve de arrastar carro, tomamos muitas pedradas, mas todo mundo estava tranquilo. Eu estava na expectativa, não via a hora de o jogo começar, e mesmo quando tomou o gol, eu tinha certeza de que logo, logo empatariam’, falou.
Uma semana depois, era a hora da batalha final, no Pacaembu. Mauro se disse tranquilo quando acordou no dia 4 de julho de 2012, sem medo do jogo decisivo. ‘O fantasma de La Bombonera já havia passado’, relembrou. Na saída para o estádio, o ex-jogador do Corinthians observou a união entre time e torcida. ‘Os torcedores estavam juntos com a equipe, desde a ida ao Pacaembu. Havia alguns torcedores no hotel quando saímos, mas nos apoiando com tamanha força que se transformavam em milhares’, afirmou.
A partida no Pacaembu deixou Mauro um pouco menos tranquilo do que a disputada na Argentina, pelo fato de o Corinthians ter de assumir mais a iniciativa do jogo por atuar em casa. Depois do primeiro tempo, o observador técnico foi aos vestiários e lá viu toda a segunda etapa. A certeza da conquista do título veio já no primeiro gol.