Guerra com parceira pode atrapalhar ‘caldeirão’ do Grêmio contra o Corinthians

Danilo Vieira Andrade

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Grêmio não quer espaços vazios em sua Arena para receber Corinthians na Copa do Brasil | Divulgação

‘O Grêmio tem que pedir licença para treinar e paga para jogar’. As palavras do presidente Fábio Koff, em entrevista à Rádio Gaúcha, deixam claro que a relação entre Grêmio e a OAS, administradora da Arena, não anda nada bem. Às vésperas do duelo decisivo contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, porém, os problemas ficam ainda mais evidentes.

A cúpula tricolor conta com o apoio da torcida para pressionar o rival paulista e contribuir para a classificação gremista às semifinais da Copa do Brasil. O plano era realizar uma promoção no preço dos ingressos, no entanto, a iniciativa parou na parceira. Por se posicionar em favor do Grêmio, um dos diretores da administradora acabou sendo demitido.

Gilmar Machado, que era diretor de marketing da Arena e representante do Grêmio na gestão, afirmou que falta visão de futebol para a empresa. ‘Queríamos fazer algo para ter casa cheia, mas a empresa tem outro entendimento. Eu estava lá para tentar um acordo, criar um DNA de futebol. A empresa não tem isso. Não tem nenhuma pessoa com entendimento. Não tem o DNA do Grêmio’, disse, à Gaúcha.

Seguindo a linha das críticas a parceria, o assessor de futebol tricolor, Marcos Chitolina, destacou a importância da torcida no jogo contra o Corinthians. ‘Quarta-feira temos uma decisão contra um grande time, o campeão do mundo. A torcida do Grêmio tem que batalhar nesse jogo. O Grêmio tentou a redução de ingressos e a parceira não aceitou, isso é importante ressaltar’, afirmou.

‘Esse jogo passa pela torcida do Grêmio, é importantíssima. O Grêmio tem que buscar todas as suas forças. A torcida é fundamental’, continuou o assessor, que também lembrou que o Grêmio tem tentado reformular o atual contrato come OAS, que veta, por exemplo, a autonomia tricolor para alterar o valor dos ingressos.


Na visão tricolor, as entradas custando entre R$ 40 a R$ 160, como estabelece a construtora da Arena, afastam os torcedores das arquibancadas. ‘O São Paulo estava ameaçado de rebaixamento, como conseguiu lotar os estádios? Baixando o valor dos ingressos’, exemplifica Koff.

O presidente usou como exemplo o próprio embate contra o Corinthians, na última quarta-feira, mas pelo Campeonato Brasileiro. A Arena recebeu apenas 15.352 torcedores, um dos cinco piores públicos da equipe neste Nacional. ‘O torcedor fez a sua opção pelo jogo da Copa do Brasil. Nós não conseguimos redução. Vamos ver se com mais tempo, em outra oportunidade, a gente consegue fazer promoções.’

Como os ingressos já estão sendo vendidos, não há mais tempo para mexer no valor dos ingressos para o duelo decisivo da próxima quarta-feira. Assim, o Grêmio terá que superar o problema para receber o Corinthians na Arena. Após o empate em 0 a 0, em São Paulo, o time gaúcho precisa vencer. Qualquer empate com gols, classifica os paulistas. Novo 0 a 0 leva a decisão aos pênaltis.

Fonte: ESPN